A obsessão é fronteira perigosa para a loucura irreversível. Sutil e transparente, a princípio, agrava-se em razão da tendência negativa com que o infrator dos Soberanos Códigos da Vida a agasalha. Dando gênese a enfermidades várias, inicialmente imaginárias, que a pessoa recebe por via telepática, podem transformar-se em males orgânicos de consequências não suspeitadas, ao talante do agente perseguidor que induz sua vítima, que o hospeda, a situações lamentáveis. Há muito mais obsessão grassando na Terra do que se imagina e se crê. Aqui, cada ser sintoniza com outro equivalente, mas como por enquanto prevalecem os teores mais pesados de vibrações negativas na Terra, isso perturba gravemente a economia psíquica, social e moral de seus habitantes. Erradicar a obsessão na Terra é tarefa de todos. Não obstante esse panorama difícil, a vigilância do amor de Jesus atua positiva, laborando com eficiência para que se modifiquem os dolorosos quadros da atualidade, dando surgimento, assim, a uma fase nova de saúde e paz. Nesse contexto, o Espiritismo que é o mais eficaz e fácil tratado de Higiene Mental desempenha um papel relevante, prevenindo o homem dos males que ele gera para si mesmo (e que lhe cumpre evitar), facultando-lhe os recursos para superar a problemática obsessiva, e apoiando e enriquecendo os nobres profissionais e missionários da Psicologia, da Psiquiatria e da Psicanálise... Existem algumas técnicas obsessivas de Entidades perversas, bem como alguns métodos e terapias desobsessivas ministrados pelos Mentores Espirituais. Desfilam criaturas que se encontravam nas fronteiras da loucura e depois, uma vez amparadas, foram reconduzidas ao equilíbrio. André Luiz, em sua mensagem psicografada por Chico Xavier, assevera que a desmontagem da obsessão é trabalho milenar sobre a Terra e não pode, por isso, ser atribuída a um único tarefeiro. Erradicá-la no caminho dos homens é tarefa que compete, portanto, a todos.
Manoel P. Miranda
(Nas Fronteiras da Loucura, pp. 5 e 6)