Na jornada da chamada "espiritualidade" o caminho não é linear, nem calmo sequer sem feridas.
A evolução é marcada na pele e somos temperadas com aço.
Se, no caminho espiritual o "demônio" não vem até nós e deixa nossos caminhos livres, é porque estamos fazendo algo errado.
Agora, se no caminho as sombras se apresentam, o "demônio" aparece e as feridas se abrem é porque estamos deixando pegadas luminosas debaixo de nossos pés e aí, o talzinho não gosta.
É preciso parar de achar que o caminho só está bem quando estamos em paz. Já diz o ditado: mar calmo não faz bom marinheiro!
Aprender sobre os desafios da vida vivendo os desafios, não apenas sabendo sobre eles!
Aprender sobre as pedras, tropeçando nelas e não apenas observando como adornos da natureza.
Em cada detalhe há lição. Em cada balanço há aprendizado. Em cada ferida há um purgo acontecendo. Quando deixar de purgar, curou!
Quando o demônio deixar de olhar pra nós e se interessar pelo que fazemos é porque estamos trabalhando bem pelo não feito.
Quando ele não observar mais nossos passos é porque não o desafiamos mais. Esses desafios deixam marcas indeléveis em nós, mas crescemos!
A cada curativo um enfrentamento. A cada ferida sanada, vencemos um demônio da jornada.
Não seja vítima. Seja a contadora de histórias, a recolhedora de ossos, a sanadora de feridas e a mulher que faz a loba renascer diariamente na própria pele.
Bora desafiar os demônios. Todos eles. Todos os dias!
Porque quando ele olha pra nós é porque estamos nos tornando aquilo que viemos Ser: GIGANTES!
(Rose Kareemi Ponce)