Ela tinha uma liberdade tão grande em sua alma
que até as borboletas queriam acompanhá-la.
Ela tinha sonhos tão intensos
como o céu em tardes de verão.
Ela sonhava com alguém que chegasse em casa,
visse o seu olhar e soubesse que a coisa que ela mais queria
naquele momento era um abraço que curasse as dores.
Ela sempre quis tocar o céu e desenhava
em seus quadros a mais pura ilustração do seu ser.
Ela era mulher.
Não.
Ela era menina.
Ela tinha a menina dos olhos na palma da mão.
Ela cantava com os pássaros e iluminava onde passava.
Ela era cheia de cor, parecia um arco-íris.
Ela queria tomar café no campo num dia de domingo.
Ela sonhava sem parar.
Ela dormia e acordava com a brisa leve sobre seu rosto.
Ela era abençoada, era tão querida.
Ela pegava todas as pedras do caminho
e colocava em sua bolsa, pesada.
Ela gostava de ler livros, tinha a pele macia
e sua pele exalava o perfume da paixão.
Ela era apaixonada pela vida,
ela era feliz e não se perdia por pouco.
Ela queria ser espelho da alma de alguém, ela era intensa,
ela era doce, no fim das contas, ela levava
em seu peito o desejo de ser AMADA.
Ela também era caçadora de SONHOS.
[ Vitor Ávila ]