5 de mar. de 2014

Ela tinha uma liberdade tão grande em sua alma 
que até as borboletas queriam acompanhá-la.
Ela tinha sonhos tão intensos 
como o céu em tardes de verão.
Ela sonhava com alguém que chegasse em casa, 
visse o seu olhar e soubesse que a coisa que ela mais queria 
naquele momento era um abraço que curasse as dores.
Ela sempre quis tocar o céu e desenhava 
em seus quadros a mais pura ilustração do seu ser.
Ela era mulher.
Não.
Ela era menina.
Ela tinha a menina dos olhos na palma da mão.
Ela cantava com os pássaros e iluminava onde passava.
Ela era cheia de cor, parecia um arco-íris.
Ela queria tomar café no campo num dia de domingo.
Ela sonhava sem parar.
Ela dormia e acordava com a brisa leve sobre seu rosto.
Ela era abençoada, era tão querida.
Ela pegava todas as pedras do caminho 
e colocava em sua bolsa, pesada.
Ela gostava de ler livros, tinha a pele macia 
e sua pele exalava o perfume da paixão.
Ela era apaixonada pela vida, 
ela era feliz e não se perdia por pouco.
Ela queria ser espelho da alma de alguém, ela era intensa, 
ela era doce, no fim das contas, ela levava 
em seu peito o desejo de ser AMADA.
Ela também era caçadora de SONHOS.

[ Vitor Ávila ]