Gosto de sentar num banco e ficar observando as pessoas que passam.
Seja na avenida da praia ou dentro de um shopping, percebe-se que muitas
delas apresentam as costas encurvadas, os ombros caídos e o olhar meio que perdido, principalmente quando estão caminhando sozinhas.
Percebe-se que nem sempre estão atentas ao redor, apreciando a beleza
da redondeza ou as vitrines iluminadas e tentadoras.
Talvez saiam de casa pra fugir da solidão, mas carregam consigo o fardo
do desinteresse e desestímulo, não conseguindo se distrair com tudo
o que o local de passeio oferece.
Já aconteceu algumas vezes, de alguém sentar ao meu lado e
imediatamente puxo a conversa. Depois de algum tempo, vem a confirmação
de que a pessoa mora e vive só, ou então vive com parentes mas se
sente invisível dentro de casa.
A maioria sempre tem alguma doença física, na qual coloca toda a sua
atenção e sabe contar nos mínimos detalhes todos os achaques e remédios que toma.
E de papo em papo, sempre pergunto como se encontra a religiosidade
e uma boa parte mostra muita dúvida quanto aos benefícios da fé,
seja para o restabelecimento da saúde, ou como suporte necessário a todas
as aflições da vida. Muitas dizem: - creio em Deus, mas logo em seguida tentam
demonstrar que titubeiam quanto a admitir com toda a convicção de que realmente
a fé move montanhas e realiza milagres.
Mais um dedo de conversa e observo que são pessoas extremamente voltadas
para si mesmas, e com raras exceções mostram compaixão para com
as angústias e necessidades do próximo.
Não se dão conta de que alguém pode precisar delas, tanto quanto elas precisam
dos outros, para compartilhar alegrias e tristezas, já que não somos ilhas
isoladas num continente universal, mas somos todos irmãos, filhos de Deus,
ligados pela sublime fraternidade amorosa.
(Guida Linhares)
Seja na avenida da praia ou dentro de um shopping, percebe-se que muitas
delas apresentam as costas encurvadas, os ombros caídos e o olhar meio que perdido, principalmente quando estão caminhando sozinhas.
Percebe-se que nem sempre estão atentas ao redor, apreciando a beleza
da redondeza ou as vitrines iluminadas e tentadoras.
Talvez saiam de casa pra fugir da solidão, mas carregam consigo o fardo
do desinteresse e desestímulo, não conseguindo se distrair com tudo
o que o local de passeio oferece.
Já aconteceu algumas vezes, de alguém sentar ao meu lado e
imediatamente puxo a conversa. Depois de algum tempo, vem a confirmação
de que a pessoa mora e vive só, ou então vive com parentes mas se
sente invisível dentro de casa.
A maioria sempre tem alguma doença física, na qual coloca toda a sua
atenção e sabe contar nos mínimos detalhes todos os achaques e remédios que toma.
E de papo em papo, sempre pergunto como se encontra a religiosidade
e uma boa parte mostra muita dúvida quanto aos benefícios da fé,
seja para o restabelecimento da saúde, ou como suporte necessário a todas
as aflições da vida. Muitas dizem: - creio em Deus, mas logo em seguida tentam
demonstrar que titubeiam quanto a admitir com toda a convicção de que realmente
a fé move montanhas e realiza milagres.
Mais um dedo de conversa e observo que são pessoas extremamente voltadas
para si mesmas, e com raras exceções mostram compaixão para com
as angústias e necessidades do próximo.
Não se dão conta de que alguém pode precisar delas, tanto quanto elas precisam
dos outros, para compartilhar alegrias e tristezas, já que não somos ilhas
isoladas num continente universal, mas somos todos irmãos, filhos de Deus,
ligados pela sublime fraternidade amorosa.
(Guida Linhares)