A gente vai, devagarinho, ajeitando a mobília, arejando os cantos, abrindo as cortinas pra entrada de sol, arrumando o lado de dentro.
E que a gente possa, dia após dia, ressignificar nossa história e encontrar outras formas de sorrir.
Descobrir, ao longo do caminho, que há sim, outras maneiras de ser feliz e de existir.
Que o amor continue grande, gigante dentro de nós, mas que a solitude que, vez ou outra, adentra nossa casa, seja a ponte que nos leva à calmaria de nossa própria companhia.
(Eunice Ramos)