Que não liga para nada.
Que não segue protocolos.
Que abraça quando tem vontade.
Que gargalha por necessidade de existir.
Que chora transparente por buscar o choro da alma.
Eu prefiro os doidos e as doidas.
Que transformam a energia do lugar quando chegam.
Que coloca todo mundo pra cima quando abrem a boca.
E abrem todas as portas para quem quiser chegar.
Eu prefiro essa gente doida e feliz.
De bem com a vida e de boa com a alegria estampada na testa.
Eu prefiro essa gente que, de tão doida, não consegue enxergar a maldade nos olhos do outro, mas também quase sempre espanta os maldosos com a sua maluquice.
Eu prefiro essa gente doidinha de pedra.
Que sonha alto e colorido.
Que tem os pés fincados na liberdade de resistir a tudo que lhe define.
É que para essa gente viver é ser livre, mas para todo o resto é maluquice.
(Edgard Abbehusen)