Que teriam de ser boas e compreensivas com tudo...
Entretanto, com tempo perceberam que agir dessa forma dilacera sua alma e coração e atrai para o seu lado muitas vezes, pessoas que abusam de sua bondade. À certa altura da vida às vezes, já casada, com filhos, se vê infeliz e desrespeitada.
Sim, essa é a história de muitas, essa talvez foi a história de nossas mães e avós. E como é forte em nós, as histórias de nossos ancestrais elas ficaram cravadas em nossa alma.
As mulheres que não foram amadas com carinho e respeito não aprenderam a identificar quando são desrespeitadas ou quando estão em relacionamentos tóxicos e abusivos. Insistem demais, cuidam demais, cedem demais, se importam demais. Ignoram seus instintos e sentimentos. Sofrem por não encontrarem uma saída. Não percebem que merecem mais!
Pobres meninas machucadas que tiveram tão pouco alimento afetivo. Elas morrem de medo do vazio de suas almas. Estar num relacionamento para elas é um desafio diário de marcar seus próprios territórios, seus limites, até onde aguentam. Isso não apenas com os homens, mas em todos os relacionamentos que estabelecem pela vida: com filhos, relações de trabalho, amigos...
Elas não aprenderam a se colocar em primeiro lugar, aceitam desrespeitos um atrás do outro, se entristecem e fingem que está tudo bem. Aprenderam a negar a realidade, porque sentir tudo aquilo era difícil demais!
Assim aprenderam a sobreviver fazendo das tripas coração para deixar todos ao seu redor bem e felizes. Esqueceu do principal!
Esqueceu de proteger a si mesma e reconhecer que toda a força que demanda para os outros deveria demandar para cuidar das próprias dores e feridas. Todos temos dores escondidas, mas não podemos delegar aos outros a responsabilidade de nos curar.
Não adianta ser boazinha com todo mundo esperando ser reconhecida. Construir um relacionamento saudável dá trabalho, e é possível! Entretanto é preciso observar o equilíbrio da relação.
(A.D)
