Mas a história verdadeira é muito, muito diferente...
Na verdade, as bruxas eram lindas mulheres, atraentes, sábias detentoras de conhecimentos sobre a natureza e, possivelmente, magia. Dominavam o uso medicinal das plantas. Eram enfim, verdadeiras cientistas fêmeas, sendo que à época de sua existência, não havia divisão entre a ciência e a fé. Eram uma coisa só.
As pessoas comuns hoje acreditam que havia bruxas boas e más, dividindo-as entre as que praticavam a magia branca e a magia negra. Essa ideia não faz nenhum sentido, pois sua crença não se fundamentava na existência do bem e do mal. Para as bruxas, toda magia era cinza.
As bruxas foram implacavelmente caçadas durante a inquisição na Idade Média. Um dos métodos usados pelos inquisidores para identificar uma bruxa nos julgamentos do "santo ofício" consistia na comparação do peso da ré com o peso de uma bíblia gigante. Aquelas que fossem mais leves eram consideradas bruxas, pois dizia-se que as bruxas adquiriam uma leveza sobrenatural (o que, na minha opinião, faz sentido - uma bruxa ser uma pessoa de leveza sobrenatural, tão diferente das pesadas consciências dos religiosos hipócritas).
O motivo pelo qual a igreja caçava as bruxas é bastante óbvio. Ora, que sociedade patriarcal toleraria mulheres independentes, inteligentes, donas de terras e de seus narizes? Alguma mentira tinha que ser inventada com o objetivo de pôr fim ao "mau exemplo".
Assim, a igreja cometeu um verdadeiro genocídio, um verdadeiro holocausto (pois as bruxas eram torturadas e queimadas vivas), motivado por intolerância religiosa e de gênero, mas isso não é contado nos livros escolares.
O que importa disso, enfim, é o bom exemplo e o legado que elas deixaram, que deve ser admirado, seguido, lembrado e divulgado, pois eram um modelo maravilhoso para as mulheres do mundo inteiro, que deveriam pesquisar mais sobre sua história a fim de conhecer um pouco de sua filosofia.
As bruxas eram, enfim, mulheres livres.
(Michelline Freire Moraes)