"Eu adotei a Lola há 4 anos, quando estava no último semestre da faculdade e fui morar com minha avó para estagiar. Ela nunca gostou de animais domésticos e só pude tê-la com a condição de que formando eu levaria a gata embora. Claro que depois de meses as duas se amavam, inclusive ela era tão "menina criada com vó" que atingiu 9 kg. Minha vó comprava até Danoninho pra ela, bordou uma manta com o nome dela, e por aí vai...
Formei, levei a gata comigo pra outra cidade. 15 dias e nada dela comer, só miava, adoeceu. Ligava pra minha avó e ela dizia que estava igual mãe que tem filho sequestrado, pensando se ela comeu, se dormiu. De coração partido levei a Lola pra ela, e as duas viveram felizes por esses anos. Mas minha avó adoeceu no fim do ano passado, teve um câncer muito grave, a Lola não saia do pé da cama dela nem para comer sachê, a gente tinha que levar as vasilhas dela lá. Minha avó morreu em dezembro e a gata adoeceu. Não comia nada. Emagreceu tão rápido que teve um problema hepático, quase morreu. Só miava, ficava no quintal, não entrava em casa. Foram meses de muito cuidado. Daí jogaram um gatinho recém nascido numa garagem do lado da minha casa, a Lola ouviu o gatinho miar, pulou o muro (coisa que jamais fez!!!) e trouxe ele na boca pra casa. Ela que nunca foi mãe e foi castrada aos 6 meses cuidou dele e até deu leite! Começou a comer de novo, dormir com ele no sofá... E em 3 meses ambos estão fortes e lindos, ele fez para a recuperação dela o que nenhum veterinário, sachê ou remédio conseguiu.
Fiquei tão feliz de visitá-los ontem e ver os dois felizes que vim aqui contar a vocês. Conviver com animais é um privilégio e um aprendizado diário.
Às vezes, a gente fica doente de saudade
mesmo, mas o amor cura."
@Ana Rocha, Petrópolis.