Amor Cármico
Todo vínculo emocional desenvolvido nesta encarnação envolvendo sentimentos de desejo, medo, ciúmes, dependência e apego é cármico. É surpreendente como a grande maioria das pessoas ainda acredita que um outro ser possa lhe proporcionar a tão “sonhada” felicidade. Todos os vínculos que aqui reencontramos a nível emocional são decorrentes na maioria das vezes de velhas feridas não curadas em outras existências.
O reencontro é decorrente de um acordo preestabelecido antes de reencarnarem com o objetivo de resolverem longos conflitos de ordem emocional que vem se estendendo há muitas vidas. Estes reencontros abrangem os relacionamentos em geral tanto em nível familiar, quanto emocional ou social.
O reencontro acorda velhas feridas e conflitos plasmados na consciência de cada parceiro envolvido o que faz vivenciarem geralmente os mesmos padrões emocionais de seus antigos papéis o que na grande maioria das vezes reincidem nos mesmos padrões cármicos de outrora. Elos cármicos sucessivos fazem a alma entrar em estado de pesar e o físico reflete as deficiências que a alma busca corrigir. Um corpo doente reflete uma alma doente. Doenças e infortúnios de toda ordem pesam o caminho de todos aqueles que se arrastam por sucessivas vidas em pesados fardos cármicos.
A alma precisa evoluir porque a sua essência é de luz. Se a parte encarnada não está realizando o seu papel de iluminar a si mesmo e aos outros perde o sentido de ser e existir e aos poucos vai padecendo de todas as enfermidades que a frequência na escuridão oferece. O caminho da cura do padrão cármico envolvido é tomar consciência do carma e trabalhar na transmutação da dívida cármica em questão. Estamos em processo evolutivo onde a expressão do amor ainda se confunde com posse e apego ao ente querido. A forma mais próxima de caminharmos para a cura amorosa que tanto necessitamos é expandir a energia amorosa que somos imbuídos em todos os relacionamentos que mantivermos com todos os seres viventes.
Entender o processo das deficiências humanas no caminho evolutivo faz parte do aprendizado no caminho da dualidade. A necessidade de amor que o ser humano busca nesta dimensão e outras similares é comparável ao vício da bebida ou das drogas. Quando é saciado perde o sentido e transforma-se em prisão e dor. E quando isso ocorre, a violência toma lugar às promessas de amor iniciais não preenchidas. Na verdade, o velho elo cármico envolvido toma lugar às promessas de harmonia como parte do projeto evolutivo de cada alma envolvida.
A necessidade de buscar o êxtase vai de encontro a outros parceiros na falsa ilusão do encontro “perfeito” ou a tão sonhada alma gêmea. E a cada relacionamento não preenchido novos elos cármicos se estendem para outras encarnações perpetuando o ciclo vicioso por sucessivas vidas na eterna roda de sansara. Quando tomarmos consciência que evoluindo como seres divinos que somos poderemos mais rapidamente nos conectar com nossos complementos divinos, mais cedo sairemos dos consecutivos processos de dor e medo que os relacionamentos cármicos nos proporcionam. Evoluindo na luz sinalizaremos com almas mais evoluídas onde o amor será vivenciando em outro estado de consciência. Este amor é o amor pela alma do outro ser e não pelo desejo ou baseado no egoísmo e no medo de ficarmos sozinhos. No momento em que nos sentirmos inteiros, plenos, preenchidos de nós mesmos, poderemos então, conectarmos com o nosso Complemento Divino.
Esta parte de alma fará brotar em nós a nossa essência divina complementando em nós o que incessantemente tanto buscamos em outro ser. A união será de alma e não de corpo. O relacionamento não será baseado no ego ou nas máscaras das ilusões terrenas. Este relacionamento será baseado no amor pela alma do outro. Um será espelho do outro. Será um amor sem mentiras, máscaras, possessividade. Um amor sem dor.
Expanda todo o amor do seu coração, cresça no amor, seja o amor, exale amor a todas as criaturas viventes. Só assim, você atrairá o que a sua alma deseja.
Maiana Lena – terapeuta energética multidimensional
http://www.maianalena.com.br/artigo/2016/04/30/amor-carmico/