CHEGUE NA PAZ

24 de fev. de 2015


"No que me diz respeito, minha aceitação de cada um é total. Seja você quem for, seja você o que for, eu não quero impor nenhum ideal sobre você de que você tem de ser alguma outra coisa. Se você desenvolver-se em algo além, isso é uma outra coisa, mas eu não lhe quero dar quaisquer “deveres” - que você deve ser isto, que você deve ser aquilo, que “a menos que você atinja este certo ideal você não é digno de ser chamado humano”. Não; como você é você é perfeitamente digno.

A existência o aceita, a vida o aceita - e eu não sou contra a vida, não sou contra a existência; eu simplesmente sigo do jeito que o rio da vida corre. Se a vida o aceita, eu o aceito.

As pessoas têm condições quando aceitam... pequenas coisas são suficientes para criar barreiras, e estamos todos vivendo com as nossas defesas, de modo que os outros não podem saber exatamente o que nós somos. 

Nós lhes permitimos conhecer apenas aquela parte do nosso ser que é aceitável a eles. Esse é um dos fundamentos da nossa miséria. As pessoas são diferentes e nós deveríamos nos alegrar e regozijar em suas diferenças, eu suas variedades. Seu julgamento não vai mudar ninguém; talvez seu julgamento possa criar uma teimosia na outra pessoa em não mudar. Quem é você para mudar a pessoa?

Esses são os segredos da vida. Se você aceita alguém com totalidade, ele começa a mudar, porque você lhe dá total liberdade de ele ser ele mesmo. E a pessoa que lhe dá total liberdade de você ser você mesmo... - você gostaria que aquela pessoa fosse feliz; no que lhe diz respeito, ele lhe deu a dignidade e a honra de aceitá-lo. É muito natural que, se você vê algo em você que não está certo - embora a outra pessoa o aceite como você é - você deseje ser até melhor, por causa dela; ser mais meigo, mais amoroso, mais delicado por causa dela.

Eu o aceito como você é. Eu não tenho nenhuma expectativa sobre você - eu não quero que você seja modelado dentro de uma certa ideia, dentro de um certo ideal. Não quero fazer de você uma estátua morta.

Quero que você fique vivo, mais vivo... e você pode ser vivo somente se a sua
totalidade for aceita - não apenas aceita, mas respeitada.

Eu quero que cada pessoa do meu povo seja simplesmente ela mesma, absolutamente natural... e permitindo que o outro também seja natural, aceitando uns aos outros, tentando compreender o mistério de cada um e ajudando de todas as maneiras de modo que o outro possa se tornar cada vez mais autêntico.

Somente seres humanos autênticos podem criar uma sociedade que seja alegre,
extasiada e, no sentido verdadeiro, humana."

Osho em The Hidden Splendor