O pobre peixe consolou-se, pensando: "Ainda posso ter alguma esperança."
O pescador levou o peixe à propriedade do nobre, e o guarda na entrada perguntou: "O que tem aí?"
"Um salmão", respondeu o pescador, orgulhoso.
"Ótimo", disse o guarda. "O Barão adora salmão fresco."
O peixe deduziu que havia motivos para ter esperança. O pescador entrou no palácio, e embora o peixe mal pudesse respirar, ainda estava otimista. Afinal, o Barão adorava salmão, pensou ele.
O peixe foi levado à cozinha, e todos os cozinheiros comentaram o quanto o Barão gostava de salmão. O peixe foi colocado sobre a mesa e quando o Barão entrou, ordenou: "Cortem fora a cauda, a cabeça, e abram o salmão."
Com seu último sopro de vida, o peixe gritou em desespero: "Por que você mente? Se realmente me ama, cuide de mim, deixe-me viver. Você não gosta de salmão, gosta de si mesmo!"