CHEGUE NA PAZ

26 de nov. de 2014


"É preciso dar ao Natal o seu verdadeiro espírito. Alguém, algum dia, fará isso!
Uma opinião, em processo de cristianização autêntica, vai desenhar as imensas do natal-pagão, cintilante em seus falsos ouropéis, desbragado, gargalhando de escárnio ante ao clamor dos bolsos vazios. Vai deter o rio de sangue de inocentes animais sacrificados, essa correnteza que tinge de escarlate os personagens todos de um presépio em Belém, cabras e ovelhas com seu calor para um recém-nascido pobre e desnudo, o jumento que serviu à inefável Mãe para descer das agruras escarpadas de Nazaré.

Quem poderá dizer que, nos recintos domésticos, os espíritas - que tão perto têm acesso a tal literatura de protesto! - modificaram esse Natal de alegrias falsa, garantindo por vinhos coniventos?! Quem poderá dizer que eles o tentaram? Todavia já detêm a incipiente caracterização do Natal dos Homens-de-Paz-e-Boa Vontade, e saem de suas casas - que importa se apenas por um dia! - levando o agasalho e o pão se levanta, impossível de ser amordaçado, o gemido negado da Fome e do Esquecimento, estranhamento desafinando os hinos distraídos a repetir Glórias e Hosanas. Assim, pois, soluções e soluções esperam ser encontradas!

ALGUÉM precisa restabelecer o espírito abastardado do Dia das Mães. E
pergunta: “E uma maldição que os homens tenham de mercadejar com tudo quanto é belo, santo e puro?”. Por favor, peça aos cristãos que, conjuntamente ao Natal, retirem o Dia das Mães dos balcões e caixas registradoras. Enfeitem-nos de Bondade e Alegria, contabilizem-nos no coração! Eles podem fazer isto!"

(Anna Jarvis)