CHEGUE NA PAZ

2 de out. de 2013

O Agora. O que podemos aprender com a vida

  A vida é feita de momentos. Ao serem vivenciados, vão se somando e vão tomando a forma de significados. É no tempo e no espaço que esses momentos cheios de significados vão se fortalecendo e, de uma maneira aparentemente natural a vida vai acontecendo.

Quando vivemos baseados no tempo e no espaço, tornamo-nos limitados quanto ao nosso poder de influência e ação. Entendemos, por que assim aprendemos que só podemos agir se tivermos tempo e se estivermos em algum local fisicamente. Parece natural que seja assim. Tenho um corpo e para transitar com este corpo necessito do espaço e para transitar no espaço necessito do tempo, natural certo? Nem tanto assim.

Nosso poder de ação e transformação do mundo supera e muito os sentidos comuns que experimentamos diariamente. Em algum momento da vida necessitamos mergulhar em nosso mundo interior e este é atemporal e não é determinado por um espaço físico. Essa introspecção é necessária para transformar o conceito de que a vida é má ou injusta.

É preciso compreender que a vida não é boa ou má, justa ou injusta, ela simplesmente é. Quem dá o tom da justiça somos nós, com nossas crenças e valores, com nossos momentos cheios de significados individualizados no coletivo.

Grande parte do conceito de justiça está baseada na ação passada e também a projetamos no futuro, raramente nos atemos ao momento presente. É a experiência passada quem nos dá a referência do que é certo ou errado na vida. Eu aprendi que isto, na maioria das vezes, não é verdade.

A experiência passada trata apenas da formação das crenças pessoais e das nossas relações com o mundo, é aquela voz interna que dita como podemos avaliar nossas atitudes perante o mundo e as pessoas que nele estão. É a experiência passada que nos dá o parâmetro para medir se a vida é justa ou não e normalmente deixamos que estas crenças, baseadas nas experiências passadas, dominem nossos pensamentos nos limitando cada vez mais e mais.

A experiência futura é outro problema, para quem nela vive. É possível ter uma experiência futura? Aparentemente não, mas só aparentemente.

Boa parte da população mundial vive no futuro em detrimento do seu momento presente. São tantas preocupações (ocupar-se antes), ilusões e o agora, o momento presente, fica em último plano, quando fica.

Viver no futuro é viver em ilusão longe do potencial de criação que a condição humana nos fornece. Viver no futuro inibe a criação de um mundo pessoal melhor, faz com que fiquemos nossa vida toda aguardando, esperando por um mundo melhor.

Criar um mundo melhor só nos é possível quando vivemos o agora intensamente.

Imagine a cena da princesa que fica aguardando a chegada do seu príncipe, absolutamente dependente de sua vontade e da força do destino. É isso que acontece quando vivemos na ilusão de um futuro melhor, com a diferença que na grande maioria das vezes não há um final feliz.

Viver o momento presente, no agora, elimina a ideia de que a vida é injusta. Não há injustiça na vida nem no viver, há sim, resultado das ações que fizemos dos atos que realizamos apenas isso, RESULTADO.

Para mudar o resultado das nossas ações é preciso alterar nosso modo de existir no momento presente, alterando nosso comportamento, nossas ações, nossas interações com as pessoas, próximas ou não.

Portanto se você vê injustiça na vida, reavalie como conduz a sua e crie uma nova realidade a partir do momento presente, do agora, vivenciando cada instante como sagrado, como um bem insubstituível e, por certo, terá uma vida boa.
Recebam meu abraço,
Paulo Lima