CO-CRIAÇÃO E A FORMAÇÃO DA REALIDADE
Mensagem de Julie Redstone
Eis uma Nova Terra surgindo.
A Luz está nascendo dentro de cada um.
Hoje, estamos cada vez mais cientes de que os nossos pensamentos fazem uma diferença para o resultado das coisas, tanto em termos de cura das nossas emoções e de nossos corpos, e até mesmo para a revelação de eventos que estão fora de nós mesmos. Alguns mantêm esta compreensão como um artigo de fé, e alguns viram, em primeira mão, as formas com que o pensamento cria a realidade.
O princípio orientador de que o “pensamento cria a realidade”, é universalmente verdadeiro, se por “pensamento”, queremos dizer consciência em todos os seus vários níveis. Pois o nosso processo de pensamento consciente é apenas uma parte de uma paisagem de muitas camadas de fluxo de consciência, contribuindo com fluxos que vêm de todas as camadas.
Tanto do fluxo do pensamento que flui em nossas mentes conscientes, quanto das fontes além disto, precisamos perguntar: que pensamentos acreditamos ou mantemos como verdadeiros, e a que grau de crença e de convicção os mantemos? Estes são fatores críticos que moldam a realidade, pois a complexa interação das diferentes camadas do pensamento significa que o que mantemos como verdadeiro a um nível consciente, pode ser diferente ou estar em conflito com o que mantemos como verdadeiro a um nível inconsciente.
Portanto, as coisas que afirmamos ou pensamos com as nossas mentes conscientes podem levar mais tempo para se materializarem, porque outras crenças podem ser diferentes ou interferirem com estas. Como exemplo de tal fenômeno, estão as crenças adquiridas durante a infância que, quando adultos, afastamos intencionalmente, ainda que possam ter um efeito residual sobre nós, em qualquer caso.
Na formação da realidade, há a diferença entre o pensamento consciente e o inconsciente a considerar e a influência de cada um, e há também outra camada de pensamento que pode ser descrita como o “pensamento da alma”. Esta camada é determinada pelo nosso propósito de alma que encarna em nosso corpo e psique por uma vida em particular, e pode ou não ser conhecida ao eu consciente. Em alguns casos, os “pensamentos da alma” se revelam como os nossos ideais mais elevados ou como as coisas que defendemos ou que somos levadas a fazer ou aprender. Em outros casos, eles são menos visíveis. Eles são semeados em nosso ser mais profundo e o seu poder para definir a trajetória de nossa vida é muito grande, estando o nosso eu consciente ciente deles ou não. Por esta razão também, o que pensamos com as nossas mentes conscientes pode não ser o principal determinante quando se trata de formar o que retrata como a direção de nossa vida.
Finalmente, o que é fundamental para entender é que os seres humanos como co-criadores com Deus não existem sozinhos no universo. Existimos como uma parte de uma hierarquia complexa e cheia de luz dos reinos espirituais, os quais têm um efeito em nossa própria dimensão. Esta hierarquia espiritual não é uma hierarquia de valor ou mérito, pois todos são valiosos em Deus. É uma hierarquia de “ser”, no processo de “tornar-se”. Cada ser, em todos os níveis dentro desta hierarquia, está evoluindo, e ninguém é limitado em seu movimento por qualquer outro fator, a não ser as escolhas que faz a sua própria alma.
Como resultado desta imagem espiritual, estes seres que estão mais ao longo do processo evolutivo, são capazes de ajudar e de auxiliar aqueles que têm que ir mais além, e onde tal ajuda, orientação e apoio são acolhidos, a orientação e os pensamentos daqueles nos reinos mais elevados são infundidos no reino físico, a fim de ajudar a humanidade a avançar.
A receptividade à orientação dos reinos espirituais e de Deus, diretamente, são aspectos fundamentais do crescimento espiritual, especialmente desde que as idéias mais cheias de luz e as orientações que vêm da Mente não correspondem, no momento, ao que ocorre geralmente na percepção humana consciente. Tal orientação, no entanto, não interfere com o pleno florescimento do poder criador para o qual os seres humanos estão se movendo. Isto seria como afirmar que o propósito de Deus para nós poderia interferir com o nosso próprio propósito para nós mesmos. Em vez disto, esta orientação está capacitando este poder criador, ajudando a reduzir e a eliminar os obstáculos que se interpõem no caminho e para que nos orientemos, passo a passo, na direção do objetivo mais elevado, mantido pela alma individual.
Os pensamentos recebidos como orientação dos reinos superiores são um aspecto importante da consciência, definindo para muitos, um dos principais eixos da vida, e contribuindo para a consciência subjacente que cria a realidade. Quando estamos abertos à orientação e a ter pensamentos que são instrutivos, inspirados ou úteis, que emanam da Mente de Deus, tornamo-nos alunos e receptores dispostos em nosso crescimento, com a ajuda de todas as partes da Criação que estão disponíveis para nos ajudar em nosso caminho. Em virtude deste relacionamento, nós colocamos o nosso próprio processo do pensamento no recipiente maior do processo do pensamento de Deus, e permitimos que um propósito mais elevado direcione a nossa vida e a formação de nossa realidade.
Para alguns, a imagem da hierarquia espiritual pode parecer estar em conflito com a ideia do homem como co-criador, mas isto está baseado em uma compreensão incompleta do que significa criar. Pois pode-se criar a partir do eu como é hoje, com todas as suas limitações e capacidade de ser influenciado pelo pensamento condicionado, ou se pode criar a partir do eu que está ligado ao Eu Superior e à Mente Divina. Como parte da co-criação, escolhemos que aspecto de nosso eu de múltiplas camadas desejamos que esteja no comando do processo co-criativo.
Em última análise, haverá um momento de equilíbrio entre a parte criadora, cuja fonte é o eu consciente – o ponto de luz que é individualizado em nossa consciência, e a parte do poder criador que se baseia na infusão de luz da Mente Universal, o que inclui todos os seres de luz nos reinos superiores. Por enquanto, porém, devemos decidir em que fonte as nossas escolhas confiam, e se desejamos escolher a partir da parte mais elevada de nós mesmos. Se nos abrirmos através da prece e do pedido de ajuda, seremos guiados para saber qual escolha que poderíamos fazer que corresponda à escolha mais elevada e melhor possível para nós e sentiremos intuitivamente a exatidão de tais escolhas com crescentes graus de certeza.
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