Às vezes, me questiono sobre algumas coisas que vejo, buscando respostas. Tenho um aquário, e fico encantada, quando me surpreendo sendo observada pelos peixinhos, pelo vidro, rente à minha pia de cozinha, pois o aquário é como uma parede divisória entre copa/cozinha. Se eles não estão com fome, ficam fazendo piruetas e todo tipo de graça, rodam o interior do aquário e param em minha direção, todos olhando e depois continuam com suas aventuras pelos brinquedos, em meio às plantas... e perco meu tempo... retificando, "ganho" meu tempo observando-os e numa dessas, vi que um dos peixinhos, não se encontrava bem, e quando isso acontece, alguns, se escondem, em meio às plantas ou até dentro de algum brinquedo ou enfeite... aí me pergunto: será que pressente a morte chegando, quando se percebe com as suas forças minadas?
Em pouco tempo, o peixinho (à esquerda) ficou se debatendo e aos poucos parou seus movimentos... mas, quando ainda vivo, o outro, de vez em quando vinha e o impulsionava com a boca, para cima, no meu entender, tentando refazê-lo... e cansado de tentar, ficou ao seu lado, até que o peixinho morreu... aí o outro não saiu de perto... dava uma volta rápida pelo aquário e voltava... e quando algum outro peixe tentava se aproximar, ele tocava e assim ficou por um bom tempo, ao lado (foto) até que penalizada vendo a situação eu retirei o peixinho morto, numa dessas voltas que o "amiguinho" dava... e qual não foi minha surpresa ao ver que ele ficou um tempão no lugar... procurando... procurando pelo outro, depois desistiu... fiquei a pensar: pensa? instinto?
Hoje, é mais fácil me emocionar com um animal do que com o ser humano... concluí, com tristeza esse fato... e em outras situações que analiso, diariamente, por exemplo, um de meus cachorros, depois que fecho as portas, à noite, se ouvir minha voz, num tom mais alto... só se acalma, depois que abro a porta, o chamo e faço carinho, para que ele se tranquilize... parece que ele se agita, pensando que eu possa estar em perigo...