CHEGUE NA PAZ

22 de jan. de 2012

Responda-me o mais breve...

Em primeiro lugar, não mais acho que a dor deva fazer parte dos mecanismos corretivos. Não seria mais adequado ensinar pelo amor, mesmo considerando o grau de ignorância da alma humana?

A dor é uma espécie de alerta para que o ser humano perceba que algo não está indo bem, porém não seria melhor colocar-lhe um dispositivo que o lembrasse disso, mas que não lhe causasse a sensação de sofrimento?

Talvez uma luz devesse se acender em sua consciência lembrando-lhe da necessidade de corrigir seu rumo ou então um mecanismo automático de alteração da rota. A necessidade de conscientizar-se da alteração poderia também ocorrer de tal forma que ele não precisasse repetí-la constantemente.

Proponho em substituição à dor, o amor, através de uma leve sensação da necessidade de alterar as emoções, as idéias e os atos.

Em segundo lugar, gostaria de propor que as necessidades de castigar e castigar-se sejam substituídas pela compreensão da própria natureza humana. Nenhum mecanismo psíquico seria disparado para que o próprio ser humano se punisse nem sentisse, pela projeção, necessidade de agredir outrem.

A punição visando o alívio da culpa seria substituída pela vontade firme de assumir as consequências pelos equívocos cometidos.

Em terceiro lugar, gostaria de dizer que deveriam ser modificados os processos dolorosos de sofrimento visando a educação da ignorância humana devido a atitudes inadequadas em suas vidas sucessivas.

Que evitasse, por exemplo, deixar que mães vejam morrer seus filhos em tenra idade ou que o amor que alguém sente o leve a morrer sem nenhuma forma de reciprocidade.

Que a reencarnação não se torne, como parece, um mecanismo de punição ao permitir alterações significativas nos corpos e no psiquismo de alguns pobres espíritos que trazem profundas marcas de nascença. Que, mesmo que seja necessário ao espírito vir com alterações físicas decorrentes do uso inadequado de seu livre arbítrio, que isso ocorra em etapas de tal forma que as alterações físicas sejam mínimas.

Em quarto lugar, sugiro que se altere o mecanismo corretivo daqueles que são chamados de doentes mentais. Que possibilite o surgimento de alguma forma de se detectar o que ocorre em seu íntimo, a fim de facilitar os processos de cura.

Que a doença mental não seja tão estigmatizante a ponto de alienar o indivíduo por uma encarnação inteira, mas que proporcione meios de que aquilo cesse, mesmo que recomece em outra existência física.

Permita-me pedir algum mecanismo de alívio e de percepção a nós outros que nos possibilite auxiliá-los, para que sofram menos e aprendam mais.

Eu gostaria que certas palavras não mais existissem, mas sei que elas apenas representam algo que é concreto e que se passa com o ser humano. São aquelas palavras que denotam inferioridades, misérias e agressividades de qualquer natureza.

Peço Senhor, que dê uma ajudazinha para eliminá-las dos dicionários após erradicá-las da natureza humana com a conquista do equilíbrio de suas emoções, pensamentos, idéias e atos.

Eu gostaria, com Sua ajuda, de despertar nas pessoas os sentimentos mais nobres que possam levá-las à FELICIDADE SEM CULPA.

De dizer-lhes que o amor existe e que a Vida pertence a Você, não necessitando medo de vivê-la, para que possam fazer multiplicar sobre a Terra a esperança e a felicidade.

Sei também, Senhor, que o amor quando ocorre, consciente ou inconscientemente, possibilita o despertar e a exteriorização de vibrações de criatividade mobilizadoras das inclinações superiores da Vida.

Peço-Lhe que me permita alcançar a sabedoria necessária para despertar nos corações humanos o amor que os levará à retirada da culpa e assim então possam conseguir a felicidade.

Eu gostaria, Senhor, que não tomasse minhas palavras como uma reclamação ou uma incompreensão de Seus mecanismos educativos. Apenas proponho uma outra maneira.

Sei que Sua inteligência já deve ter pensado nisso e não escrevo achando que possa ser diferente, mas quero Lhe dizer que assim procedo porque dói em mim mesmo.

Dói por não saber o que fazer para minorar o sofrimento humano e por me sentir impotente diante de minhas próprias dores. Gostaria de contar com Sua compreensão e que possa me responder o mais breve possível.

Adenáuer Novaes