CHEGUE NA PAZ

3 de jun. de 2011

Jardim da vida...

Começo a caminhar entre esta gente que se diz adulta
Desligo-me do tempo a força, de meu mundo encantado
Onde só existia o sorriso e a inocência
Onde eu era cuidado e zelado.

Se foi enfim a infância...
Desponta-me a adolescência
E com ela, começo agora, a conhecer a dor
A ingratidão, a paixão.

Entre estes sentimentos
Deparo-me com um do qual terei que semear um jardim de amigos...

Enfim, são sementes que nos surgem ao caminho
Algumas se tornarão grandes arbustos
Outras, árvores que nos recebem oferecendo inclusive proteção
Outras, colocadas neste jardim
Tornam-se ervas daninhas prontas a atacar...

Amigos jovens, chamados de pequenas flores ainda
Em nosso bosque da vida...

Outros enfim...
São flores raras e estas vão nos acompanhar até o túmulo
Outros até mesmo pós...

Este sentimento se faz presente em todas as relações
Não pode existir um amor verdadeiro
De mãe, de pai, de irmão, de família
Sem uma amizade profunda!

Não poderá existir um amor carnal forte
Que não se carregue do sentimento de fidelidade e respeito
São as águas que regam estas sementes chamada amizade...

Feliz, percorro meu jardim e hoje
Já muito tempo depois da perca de minha inocência
Posso vê-lo repleto de flores
Com árvores frondosas a me proteger.

Neste jardim de encanto (que é meu) sou o jardineiro
Mas, todos os ensinamentos de como lidar com minhas flores
Algumas delicadas ainda

Vêm do Senhor do Universo meu grande amigo...

Para alguns invisível, para mim bem visível...

Na medida que, posso ver a cada dia minhas flores crescerem e ampliarem
Mesmo que às vezes, alguma flor desgarrada transforme-se em serpente...

Quem sabe um dia ela volte...

Afinal, este Senhor me ensinou:
Sempre fazer do perdão e do entendimento
O grande segredo que utilizo em meu jardim.

Paulo Nunes Junior