Solidariedade, onde estás?
Não encontro palavras para descrever-te
Neste mundo caótico, frio e distante...
Solidariedade, onde estás?
Procuro-te, mas não te acho
Tanta dificuldade, tanta fome, tanto frio...
Solidariedade, onde estás?
Onde te escondes?
Por onde andas?
Queria dar-te a mão
E pelo mundo afora
Repartirmos o pão, o peixe, a água, o vinho, a lã...
O pão e o peixe que matam a fome
A água que sacia a sede
O vinho que alimenta a alma
A lã que aquece o corpo...
Povos, línguas e nações clamam por ti
Bem-aventurada aquela que supre a necessidade dos povos
Sei, sei que sozinha tu não podes
Precisas de mim, do próximo, do outro e mais outro...
E outro, outro... outro? Outro.
E numa roda viva, firme e forte
Envolveríamos o planeta de cima abaixo
Com teus braços quentes
Aproximaríamos gente
E todos juntos construiríamos um mundo melhor...
Solidariedade, tu, és o elo
A chave-mestra das portas trancafiadas
Vem unir...
Vem abrir caminhos novos
Dando rumo novo a esta geração carente de ti
Solidariedade, onde estás?
De repente... um sorriso, um olhar profundo, um raio de Luz...
Encontrei-te!
Tu estás aqui. Ali. Acolá. Alhures...
Comigo, contigo, consigo, conosco, convosco, com Ele...
Amém!
Rita de Cássia Cortes Pedro Dias