Quando nascemos para este mundo chamado mundo de expiações, nos é dado um livro em branco. Páginas inúmeras para alguns, para outros poucas...
Mistérios inexplicáveis aos olhos...
Sempre nos apoiamos na fé para a busca de respostas a tudo que desconhecemos.
Tudo que nos fere sem sabermos o porquê?...
Tudo que é mais forte que nós e nada podemos fazer... Como a morte o é!
Percorremos estas folhas e nossos atos transformam-se na pena que escreve, alguns escrevem de maneira tão forte que sua trajetória é perpetuada, outros, com lápis e grafite tão fracos que logo o tempo se incumbe de apagar tudo.
Nestas páginas chamadas de dias que se transformam em meses, anos... passamos então a registrar tudo que foi feito para o bem... tudo que fizermos de ruim, mesmo que, de maneira impensada...
Nestas folhas do livro chamado vida, passamos a depositar nossas vitórias, nossos fracassos, nossas paixões, nossas idéias...
Fazemos dele algo que nos cobra em cada erro, dificilmente se abre para saudar-nos em nossos acertos.
Sim... É assim que é esta senhora chamada Vida...
Jogam-se pedras em qualquer pequeno deslize, cobrando-nos do fundo da alma, mas resiste-se em abrir, as páginas seguintes ou passadas, para sentirmos o afeto proporcionado por nossos bons atos.
O mais duro é que, na maioria das vezes, as mãos que abrem as páginas de nossos erros nem são as nossas, e sim... de outros que na verdade nem souberam escrever as suas próprias.
Assim é a vida...
Mas não podemos jamais sucumbir aos que desfolham as páginas à procura de nos machucar, de nos ferir, devemos sempre com a cabeça erguida, com o coração repleto de amor seguir nossos caminhos...
Continuar a escrever nossa história.
Levar a todos os lugares, a todos os corações o amor, instrumento básico para a boa escrita de nossos atos, jamais podemos deixar nossos corações tomados pelo rancor, pela ofensa, pelas palavras dura a outrem.
Se não soubermos falar de amor...
Então... fiquemos quietos e deixemos o tempo ser o senhor da verdade. Ele, o tempo, mostra tudo e antes que este livro se feche...
Ainda que um minuto antes, toda a verdade surge, tudo acaba sendo registrado...
Tudo... Tudo...
Paulo Nunes Junior