CHEGUE NA PAZ

16 de abr. de 2011

Já fizemos o suficiente?

Quando nascemos para este mundo chamado mundo de expiações, nos é dado um livro em branco. Páginas inúmeras para alguns, para outros poucas...

Mistérios inexplicáveis aos olhos...

Sempre nos apoiamos na fé para a busca de respostas a tudo que desconhecemos.

Tudo que nos fere sem sabermos o porquê?...

Tudo que é mais forte que nós e nada podemos fazer... Como a morte o é!

Percorremos estas folhas e nossos atos transformam-se na pena que escreve, alguns escrevem de maneira tão forte que sua trajetória é perpetuada, outros, com lápis e grafite tão fracos que logo o tempo se incumbe de apagar tudo.

Nestas páginas chamadas de dias que se transformam em meses, anos... passamos então a registrar tudo que foi feito para o bem... tudo que fizermos de ruim, mesmo que, de maneira impensada...

Nestas folhas do livro chamado vida, passamos a depositar nossas vitórias, nossos fracassos, nossas paixões, nossas idéias...

Fazemos dele algo que nos cobra em cada erro, dificilmente se abre para saudar-nos em nossos acertos.

Sim... É assim que é esta senhora chamada Vida...

Jogam-se pedras em qualquer pequeno deslize, cobrando-nos do fundo da alma, mas resiste-se em abrir, as páginas seguintes ou passadas, para sentirmos o afeto proporcionado por nossos bons atos.

O mais duro é que, na maioria das vezes, as mãos que abrem as páginas de nossos erros nem são as nossas, e sim... de outros que na verdade nem souberam escrever as suas próprias.

Assim é a vida...

Mas não podemos jamais sucumbir aos que desfolham as páginas à procura de nos machucar, de nos ferir, devemos sempre com a cabeça erguida, com o coração repleto de amor seguir nossos caminhos...

Continuar a escrever nossa história.

Levar a todos os lugares, a todos os corações o amor, instrumento básico para a boa escrita de nossos atos, jamais podemos deixar nossos corações tomados pelo rancor, pela ofensa, pelas palavras dura a outrem.

Se não soubermos falar de amor...

Então... fiquemos quietos e deixemos o tempo ser o senhor da verdade. Ele, o tempo, mostra tudo e antes que este livro se feche...

Ainda que um minuto antes, toda a verdade surge, tudo acaba sendo registrado...

Tudo... Tudo...

Paulo Nunes Junior