Ah!... Essa cigana festeira e alegre
Que caminha pelas ruas buscando
Em cada rosto um irmão, um amigo
Mora comigo
Faz do meu pranto comédia
E sorri da minha dor
Dança, canta, esquecida do amanhã
Porque sabe que o hoje é vida
E todas as misérias da
vida, precisam ser esquecidas
Irreverente e dócil
Ama e se entrega enfurecida ao amor!
Um que de místico mora em seus olhos
Um que de sombrio acompanha seus passos
Tantas vezes morreu e tantas voltou
Insiste em ser feliz, viver!
Traz um cigano sonhado no peito
Louco... fanático de amor
A noite percorre todos os recantos dos sonhos
Traz uma fogueira acesa, enormes labaredas
De fogo em todo seu ser...
Quem entende essa mulher, que vive
Lembrando sua infância, sendo na alma
Uma criança?
Trazendo na retina uma
Lágrima brilhante de quem vai chorar
E de um salto se põe a dançar
Feliz como uma mariposa
Na luz da fogueira...rosto
Incandescente, apaixonado
Louca de amor por tudo que a cerca
Triste e alegre, mistura tudo velozmente!
Quero entendê-la, não encontro respostas
Acho que nunca alguém a entendeu
Ela mora em minha alma
Essa cigana sou eu!