Almas tristes da Terra, almas cansadas
No casulo da sombra merencória
Que sonhais a beleza, o amor e a glória
Das sublimes esferas estreladas...
Almas que padeceis acorrentadas
Aos tormentos da carne transitória
Falenas presas à sinistra escória
Das aflições de todas as estrelas!...
Aves de luz no lodo miserando
Desatai vossas lágrimas cantando
Sob as rudes algemas da ansiedade!
Louvai a angústia que vos dilacera
Que a santa liberdade vos espera
Nas azuis amplidões da Imensidade...
Cruz e Souza