CHEGUE NA PAZ

25 de nov. de 2010

Poesia: Eis-me...

Eis-me a teus pés
Numa aceitação muda de mim
Corpo e alma, defeitos
Inteira no tempo e no espaço
Resistindo e caindo, levantando trôpega
As mãos estendendo no apoio que me dás...
.
Eis-me aqui, uma vez mais
Plena e vazia
Nua, sem as maldades humanas
Companheira da mesma estrada.
.
Calo-me, em meu olhar o nada
A verdade crua do vazio
Dos gestos que se calam
Na entrega que te faço do meu eu
.
Eis-me....
Me multiplico, somo, diminuo
Confusa regra de três
Neste imperfeito mundo
Onde o normal é a loucura
E anormal é a ternura!
.
Eis-me, ôca nesta oca
Em busca de melhora
Amar deve ser a regra e
Não exceção!

Delasnieve Daspet/Campo Grande-MS