Tu que abres mentes e corações
Que mostra os caminhos mais nobres
Nos anseios do amor, dissestes:
“Amem-se uns aos outros...”
Tão difícil, Senhor, este mandamento!
A questão é amar os outros como nos amastes...
Nosso amor é calculista, a espera de loas,
Retribuições... um amor tão pequeno!
Não é fácil a proposta...
Vivemos numa sociedade de bajuladores,
E a mão que afaga hoje
É a que faz escárnio – amanhã!
Amem-se...
Como poderemos amar assim ?
Só é possível o amarem-se
Pautando nosso viver na paz e na liberdade.
Somente despojados do preconceito profundo
Livres da fantasia do real e do imaginário,
Conhecendo crenças e idéias diferentes...
Então, Mestre, o amor não será
Um mero sentimento
Mas uma ação concreta.
E o mundo calculista e invejoso
Será de paz e de serenidade.
E no coração de todos reinará o amor aos outros,
Aos que me amam e aos que não me amam,
Aos que eu gosto e aos que não suporto,
Amigos e inimigos, ao bem e ao mal...
Um amor que tudo renova...
Será possível amar assim ?
- Amem-se uns aos outros... como eu vos amei...
(João, 13, 14)
autor: Delasnieve Daspet