6 de jun. de 2010
Se há tanta paz...
Se há tanta paz no azul que o céu abriga,
e há tanto azul que tanto bem nos faz.
Se há tanto azul e há tanto céu, me diga:
Por que é que o homem não encontra a paz?
Se há tanta paz no verde-mar da onda
que faz-se verde e em branco se desfaz,
Se há tanta onda pelo mar, responda:
Por que é que o homem não encontra a paz?
Se há tanta paz no olor
das multicores flores: orquídeas, rosas, manacás...
Se há tanta paz em cada flor e há tantas flores:
Por que é que o homem não encontra a paz?
Se há tanta paz nos cânticos suaves
que entoam na alvorada os sabiás,
Se há paz num canto de ave e há tantas aves:
Por que é que o homem não encontra a paz?
Se há tanta paz na brisa que desliza
sobre as folhagens, tímida e fugaz;
Se há tanta paz na brisa e há tanta brisa:
Por que é que o homem não encontra a paz?
Se há tanta paz nas expressões tão mansas
que ao vir ao mundo uma criança traz,
E cada dia existem mais crianças:
Por que é que o homem não encontra a paz?
Se há tanta paz nos corações com fé
que atrai o bem e afasta as coisas más,
então oremos juntos, todos de pé
Para que o homem encontre um dia a paz!
Luna Fernandes