CHEGUE NA PAZ

20 de mai. de 2010

POR ONDE ANDEI













Nos caminhos por onde andei, o medo reinava, mas a confiança na providência divina me fazia prosseguir.
Nos caminhos por onde andei, gritos ecoavam a todo instante, mas a serenidade interna me protegia.
Nos caminhos por onde andei, o sofrimento era visível, mas a misericórdia divina sempre se fazia presente na hora certa.
Nos caminhos por onde andei, vi muitas lágrimas, mas presenciei inúmeros missionários levando consolo.
Nos caminhos por onde andei, o desespero reinava, mas o amparo nunca tardava.
Nos caminhos por onde andei, as feridas ainda doíam, mas quando a prece era sincera, a luz trazia a cura.
Nos caminhos por onde andei, o perdão havia sido esquecido, mas quando semeado, crescia forte e libertava a todos da prisão.
Nos caminhos por onde andei, a amizade não existia, mas mesmo assim, a fraternidade sempre surpreendia.
Nos caminhos por onde andei, a escuridão era forte, mas a claridade chegava em caravanas.
Nos caminhos por onde andei, o tempo parecia ter parado, mas a evolução espiritual continuava, mesmo que lentamente.
Nos caminhos por onde andei, não havia flores, mas pequenos gestos de caridade, enfeitavam e perfumavam o ambiente.
Nos caminhos por onde andei, as intrigas eram constantes, mas a esperança mostrava que era possível vencer qualquer adversidade.
Nos caminhos por onde andei, os espinhos machucavam o corpo, mas o esforço no bem, a tudo cicatrizava.
Nos caminhos por onde andei, não havia sol, mas a tempestade se ia quando o amor começava a brotar.
Nos caminhos por onde andei, os fantasmas eram vários, mas com perseverança, eles eram vencidos.
Nos caminhos por onde andei, o chão faltava em muitos momentos, mas quando a sinceridade surgia no coração, mãos se estendiam para ajudar.
Nos caminhos por onde andei, a dúvida era constante, mas com paciência e trabalho a resposta vinha.
Nos caminhos por onde andei, a alegria não era conhecida, mas com humildade ela era apresentada.
Nos caminhos por onde andei, a loucura parecia sem fim, mas com afeto, a serenidade voltava.
Nos caminhos por onde andei, o desamparo era total, mas quando a fé se fazia verdadeira, a percepção do Pai a nos amparar se fazia notar.Sim, o Pai jamais nos desampara.Não importa os caminhos trilhados.Se sejam caminhos de dor ou de alegria.
De resgate ou de compensação.Todos os caminhos nos levam a Deus.E em cada passo dado, o Pai sempre estará ao nosso lado.Seja entre as trevas ou entre o céu.
Jamais estaremos desamparados.
Basta termos fé....

do livro "E a vida se renova" de Sônia Carvalho