CHEGUE NA PAZ

18 de jun. de 2014

 Boa noite, amadas flores desse imenso jardim... Pai, agora que não estou mais no tempo de alimentar ilusões, aguça meus sentidos para que eu perceba a beleza das realizações.
Agora que as opções foram feitas e tantas portas se fecharam em definitivo, dá-me aceitação para que as renúncias não sejam um fardo pesado demais.
Agora que a soma dos erros derrubou os jovens da onipotência, não me tires a pretensão de continuar tentando acertar.
Agora que tantos desenganos, tantas incompreensões, repetiram lições de ceticismo, conserva minha boa fé e minha disponibilidade frente às criaturas.
Agora que as forças de meu corpo começam a falhar, alerta meu espírito; livra-me do comodismo, redobra minha vontade.
Agora que já aprendi a precariedade de todas as coisas, as limitações de todas as lutas, as proporções de nossa pequenez, afasta-me do desânimo.
Agora que já alcancei o ponto de perspectiva que me dá a exata visão do pouco que sei, livra-me da defesa fácil de colocar viseiras e ajuda-me a envelhecer com a abertura dos corajosos, dos que suportam revisões até a hora da morte.
Agora que aumenta o círculo das crianças que me amam e esperam alguma coisa de mim, dá-me um pouco de sabedoria, ensina-me a palavra certa, inspira-me o gesto exato, norteia minha atitude.
Agora que perdi a abençoada cegueira da juventude e só posso amar de olhos abertos, redobra minha compreensão, ajuda-me a superar as mágoas, protege-me da amargura.
Deus, Pai, concede-me a graça de não cair na desilusão, de não chorar o passado, de continuar disponível, de não perder o ânimo, de envelhecer jovem, de chegar à morte pleno de reservas de AMOR.

Pai, agora que não estou mais no tempo de alimentar ilusões, aguça meus sentidos para que eu perceba a beleza das realizações.
Agora que as opções foram feitas e tantas portas se fecharam em definitivo, dá-me aceitação para que as renúncias não sejam um fardo pesado demais.
Agora que a soma dos erros derrubou os jovens da onipotência, não me tires a pretensão de continuar tentando acertar.
Agora que tantos desenganos, tantas incompreensões, repetiram lições de ceticismo, conserva minha boa fé e minha disponibilidade frente às criaturas.
Agora que as forças de meu corpo começam a falhar, alerta meu espírito; livra-me do comodismo, redobra minha vontade.
Agora que já aprendi a precariedade de todas as coisas, as limitações de todas as lutas, as proporções de nossa pequenez, afasta-me do desânimo.
Agora que já alcancei o ponto de perspectiva que me dá a exata visão do pouco que sei, livra-me da defesa fácil de colocar viseiras e ajuda-me a envelhecer com a abertura dos corajosos, dos que suportam revisões até a hora da morte.
Agora que aumenta o círculo das crianças que me amam e esperam alguma coisa de mim, dá-me um pouco de sabedoria, ensina-me a palavra certa, inspira-me o gesto exato, norteia minha atitude.
Agora que perdi a abençoada cegueira da juventude e só posso amar de olhos abertos, redobra minha compreensão, ajuda-me a superar as mágoas, protege-me da amargura.
Deus, Pai, concede-me a graça de não cair na desilusão, de não chorar o passado, de continuar disponível, de não perder o ânimo, de envelhecer jovem, de chegar à morte pleno de reservas de AMOR.