Na segunda, a gratidão transforma-se em antecipação – agora, a pessoa já espera o que você oferece.
Na terceira vez, nasce a expectativa: ela passa a contar com aquilo.
Na quarta, o que era gesto passa a ser visto como um direito; a pessoa sente que merece o que você oferece.
Na quinta vez, você cria um vício: essa pessoa não consegue mais imaginar sua vida sem o que você dá, e já se sente mimada.
Na sexta vez, quando percebe a falta de reciprocidade e decide parar, o que você recebe em troca é ressentimento.
A pessoa, acostumada ao que recebia, agora se sente injustiçada e até pode começar a odiar-te por ter negado o que ela acreditava merecer.
Por isso, é fundamental reconhecer o limite do dar. Porque o outro não tem limites para receber.
(A.D)