CHEGUE NA PAZ

27 de jun. de 2022



Com o tempo a gente vai gostando do barulho da calma, vai deixando necessidades secundárias para lá; vai se blindando, vai cuidando mais do que interessa, vai deixando de ser tolo para ser mais consciente.

Com o tempo a gente vai se permitindo; já não precisa daquele amontoado de gente, de coisas, de ilusões que cegam, de lugares e pessoas que nos fizeram sofrer.

A gente aprende a descansar, aprende a andar mais devagar, a gente se escuta mais, consegue dizer não, reaprende muita coisa.

Com o tempo a gente só quer sentir dentro da gente que vai ficar tudo bem e que dá para colocar mais ingredientes positivos em nossa receita de vida.

Quando a gente se limpa, a gente afasta, esquece, e se perdoa por dentro. Só assim a gente entende o próprio valor sem viver implorando nada a ninguém.

A gente viveu, passou por muitas transformações, atravessou altos e baixos, a gente dançou conforme a sintonia do momento. Quem aprendeu, aprendeu.

Quem ainda não conseguiu talvez ainda tenha de refazer a lição, tenha que pensar um pouco mais, tenha que mudar alguma coisa que ainda não se realinhou ao coração.

O lugar de ontem nem sempre cabe no hoje, o presente está disponível. Trilhar e individualmente sentir paz, é prece que acalma.

Agradecer pelas dificuldades é saber que nem sempre tudo será suave, bom ou simples. Quando a gente cresce, a gente vê tudo com outros olhos.

A gente abre a janela e deixa a vida se escancarar sem tantos planos. A gente sai e enfrenta com fé nos passos.

E a gente descobre que o caminho da luz sempre será melhor que o caminho da escuridão.

(Sil Guidorizzi)