O ex que ainda não é ex. Um ciclo que ainda não se encerrou. Uma história que pode até ter terminado, mas ainda não acabou. Por isso, tem poder de interferir e impedir que o novo chegue. Um ex que simboliza uma grande frustração. Uma possível sensação de fracasso.

De não ser capaz, aqui de amar. Por isso, é preciso encerrar ciclos. Aceitar que não deu, não rolou. Mas responsabilizar-se pelas permissões dadas. Pelos gatilhos que você mesmo plantou.

Pelos NÃOS não ditos. Pelas repetições que não soube ou não quis evitar. Pelo medo da entrega. Pela ilusão de que é preciso ser feliz o tempo todo numa relação.

Sem se dar conta que costumamos ser "felizes" só meia hora, porque é só isso que conseguimos ser. Depois disso vem a culpa, o medo, a raiva, a rejeição, a crítica, porque a tarefa psicológica de ser quem somos continua.

Pelo passado que volta na relação, mas que você não fazia a menor ideia que o que estava sendo re-vivido ali poderia não ser tão novo assim e, muito menos seu.

Por perceber, talvez, tarde demais que ser inconsciente é um preço muito alto a pagar. Uma traição a si mesmo. Um ex precisa do luto. De um tempo para sentir a dor de ser tão inconsciente na relação.

Um ex que não passa está coberto de arrependimentos e culpa. De lembranças do que poderia ter sido. "Ah, se eu soubesse disso antes". Por isso, todo fim precisa de pausa. De tempo. Para digerir o vivido e, principalmente, o não vivido.

Precisa de respeito a si mesmo? É necessário um trabalho de auto entendimento. Das projeções feitas e não vivenciadas, dar nome a elas, e limpar seu inconsciente, para aí sim, entrar outra pessoa.

Mas, lembre se sempre aparecerá pessoas com aspectos que você tem dentro de você, e estão sem serem vistos, o outro só vem para te mostrar isso.

(D.A)