Cuidado com a dor que vira companheira, a dor que te representa, aquela que te identifica.
Se olhar bem de perto, talvez possa ver que faz tempo que deixou de doer, mas a gente não solta.
Não solta por que? Quem sabe, pelo medo de não saber o que fazer com o espaço se ela sair de cena.
Ou, quem sabe porque o Vazio é também terreno fértil para novos florescimentos, novas descobertas, novas experiências.
E o desconhecido, apesar de desejado, pode causar também muito medo.
(Aglair Grein -psicanalista)