"A gente vai deixando de lado a vontade de "ficar bonita"... e vai reconhecendo a beleza que tem.
A gente vai deixando de lado a vontade de fazer alarde sobre as conquistas... e vai ficando no silêncio da gratidão diante de cada uma delas.
A gente vai deixando de lado a sensação de ter "inimigos"... e vai compreendendo que cada pessoa em sua vida é reflexo de você mesma, e na serenidade desta compreensão abençoa todos aqueles que serviram de espelho.
A gente vai deixando de lado os desejos... e percebe que há uma distância muito grande entre desejos e sonhos... e que os desejos são muitos, mas os sonhos são poucos, e precisamos nos concentrar nestes.
A gente vai deixando de lado a necessidade do muito... e por sentir-se cada vez mais completo, percebe que é pouco o que realmente precisa.
A gente vai percebendo que a vida inevitavelmente passa e que a ilusão da eterna juventude fica cada vez mais para trás.
E que, portanto, não há mais espaço para adiamentos... nem para a pressa, nem para a loucura de querer fazer tudo ao mesmo tempo.
Um tipo de ajuste ocorre...
Nem um extremo, nem outro, nem ontem, nem amanhã...
Mas hoje... Agora... Viver...
Tanta coisa se vai...
E o essencial se apresenta...
E a Alma sorri...
E toda a Vida se asserena..."
(Nina Zobarzo)