CHEGUE NA PAZ

26 de out. de 2019

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Lei da perfeição 

Ninguém erra com ninguém, por isso perdoar não faz sentido. Perdoar não é sublime. Sublime é entender que cada um atrai para si as experiências de que precisa para evoluir e que cada um é responsável por tudo que ocorre em sua vida. 

Só o orgulhoso perdoa, porque está julgando o outro, dizendo que ele errou consigo. E se o outro errar de novo? E se errar dez vezes? Vai passar a vida perdoando? Por trás do perdão geralmente tem um recado: "eu o perdoo, mas não faça mais isso comigo, viu? 

Quando alguém me pergunta " você me perdoa?" , significa que se considera culpado, e que o erro é um mal. Mesmo que o suposto infrator o perdoe, não adianta nada, porque seu espírito entende que é devedor, pois errou e fatalmente será cobrado. 

Além disso, está delegando seu poder ao outro. Normalmente as pessoas perdoam, mas permanecem resignadas, ou seja, continuam ligadas. Não importa o que o outro fez comigo. O que importa é como eu trabalho a situação aqui dentro de mim. Se eu fico ligado ao outro, estou lhe delegando o meu poder. É uma questão de inteligência. "Não, você não me deve nada. Não precisa me pedir desculpas. Já está liberado. Você é que precisa ver aí consigo". 

Ao transcendermos o perdão, na consciência de que o outro não foi responsável pelo que de desagradável nos ocorreu, estamos praticando uma das mais belas virtudes, que é a verdadeira humildade, e tendo os mais nobres sentimentos: o verdadeiro amor e a compaixão. 

Com o tempo deixaremos de atrair a agressividade dos outros, pois não terão mais nada para nos mostrar. Sublime é não precisar perdoar. 

( Extraído do Livro Calunga Revela: Luiz Gasparetto e Lúcio Morigi.)