DAS RAÍZES DO CORAÇÃO
Há os amigos de infância,
Aqueles que não veremos jamais,
Tem amigos que se vão,
Há uns que retornam, que bom!
Reencontrar um amigo,
que delícia, que emoção,
O tempo parece que volta,
Nada importa, só a re-união.
Amigos, os de verdade,
Do fundo do coração,
Não necessitam estar juntos
Bastar unir essa intenção:
A de ser um bem pro outro
Ofertar o ombro amigo,
Na subida dar a mão,
Na descida o coração.
Amigos mostram saídas,
Nos dão força, nos conduzem
Validam nossa existência,
Dão vida pra vida da gente.
E quando é preciso, - oh! amigo,
- Pega leve meu irmão!
- Eu sei que troquei de caminho,
- Mas dá pra aliviar o sermão?
Mesmo com o tempo passado,
E a lembrança apenas leve,
De imagens um tanto distante,
Que os olhos não reconhecem,
A amizade verdadeira,
Adormecida no lago da mente,
Emerge num toque de mágica
Do fundo da alma da gente.
Reconhecer um amigo,
É como reencontrar um irmão.
Separados por longínquas células
Das raízes do coração.
(Das Raízes do coração - Mariza Sorriso)