Há em mim...
memórias que guardei
feito vidro de perfume vazio,
daqueles cuja a fragrância nos
transporta a um lugar de conforto;
Há em mim...
restos de caminhos que não trilhei,
porque a falta de coragem me congelou,
feito aquelas pontes que balançam
sobre penhascos e parecem
querer nos roubar a Alma;
Há em mim...
ventos que sacodem meus cabelos,
que me fazem lembrar que
já foram tempestades,
daquelas que nos fazem perder
o rumo, perder o prumo;
Há em mim...
uma liberdade que conquistei,
daquelas que nos mostram porque
viemos, para onde vamos e
porque somos;
Há em mim...
uma certeza de amor que plantei,
daqueles que a vida ensina,
que cada um é o que é,
grão de areia, pingo de chuva,
pétala de flor. Parte do Universo.
(Inês Seibert)