CHEGUE NA PAZ

3 de mai. de 2018

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Ser mãe dói.

Dói quando o filho nasce e ela se pergunta como vai saber educar. 

Dói quando, tendo o futuro todo pela frente, ela se sente perdida, como se o mundo não tivesse continuação. 

Dói quando filho chora de noite e ela não sabe bem como acalmá-lo. Ela aprende, então, a interpretar cada choro pra entender seu bebê.

Ser mãe dói quando filho fica doente e ela quer trocar de lugar com ele e não pode. 

Dói quando ela não sabe o que fazer.

Ser mãe dói quando filho não quer começar a escola e ela precisa fazer um esforço sobrenatural para não chorar e deixá-lo começar a vida de gente grande. Ela chora escondido depois. 

Mas dói também, quando, deixando o filho na escola, ele dá um sorriso e diz adeus. 

Dói sentir que ele desprega-se, solta-se, torna-se independente. Como dói!!!

Ser mãe dói quando filho tem problemas na escola e ela precisa ouvir com naturalidade as queixas.

Dói a adolescência, as questões existenciais.

Deve doer demais ver um filho indo para a guerra.

Deve doer imensamente ver filho seguindo caminhos diferentes dos que julgamos corretos. Mãe que vê filho sofrendo, sofre dobrado.

Ser mãe é uma missão que dói a vida inteira. Ser mãe é ter a dádiva do dar. Ela planta e sabe que não é pra ela. Jesus também teve mãe. E deve ter doído nela mais que em qualquer outra mulher do mundo.

Uma mãe é uma ponte entre os céus e a terra. É o ser escolhido por Deus, certamente o mais bendito de toda a criação, para que a terra se encha e se multiplique.

Ser mãe dói sim. Mas engrandece também. A medida da dor é também a medida da alegria de ver filho feliz.

A maternidade é a coroa de toda mulher. De espinhos… mas de flores também!”