CHEGUE NA PAZ

3 de mar. de 2016

A VIDA É PARA SER VIVIDA
E NÃO, PROGRAMADA.


Somos intensos como a primeira respiração de um bebê e sutis como a última de quem abandona o corpo físico. Porque vocês chegam a esse mundo muito afoitos, cheios de entusiasmo pela nova experiência, ávidos pelo novo. Entretanto, costumam deixá-lo atrelados em muitos apegos e o último respirar quase sempre é sutil e quase nunca com o mesmo vigor do primeiro. Vocês ao nascerem sabiam exatamente o que os esperava, pois estavam de um lado da moeda onde tinham consciência do lado em que estão agora. Porém, ao estarem na realidade física, normalmente não têm mais consciência do outro, não físico. E isso faz com que queiram viver aí para sempre.

O primeiro respirar soa muito como “finalmente cheguei, estou pronto para viver tudo o que planejei!”.

Já a última soa mais como “que pena que estou partindo, queria ficar mais!”.

E esse “queria ficar mais” esconde muitos “não fiz tudo o que queria” ou mesmo “não curti como poderia ter curtido”. E partem numa sensação de falta.

Mas quando renascem são bem diferentes, imergem na matéria empolgados para viver o novo, bem como, aproveitar a oportunidade de desfrutar mais de coisas que julgaram ter deixado para trás na etapa anterior. Eis sua pergunta e acreditamos já ter iniciado a resposta antes. Qual sua dúvida?

Pergunta: A vida sempre muda o tempo todo e nem sempre estamos preparados para isso. Em outras situações, parece difícil aceitar determinadas mudanças e na tentativa de impedi-las, nos esforçamos para traçar outro caminho e criamos mais resistências. O que fazer quando se tenta com todas as forças trilhar um caminho, mas os resultados não são alcançados? E o que fazer quando a vida te leva para uma realidade que você não quer viver?

Elohim: Resposta para a primeira perguntam: Já pensaram em deixar pra lá? Se disséssemos “desistir” poderíamos, sem querer, vos estimular a abandonar vossos sonhos e baseados numa interpretação distorcida vocês poderiam abraçar com isso uma crença de impotência, do tipo “Não sou capaz de manifestar meus sonhos”. Mas, deixar para lá seria uma boa resposta.

Para a segunda pergunta, a resposta mais assertiva seria: Flua com ela, afinal, se ela tem tocado as coisas num rumo que não querem é porque provavelmente o navegar tem sido resistente em boa parte do percurso.

Porém, vamos trocar aqui o “rumo que não quero” para “rumo que eu não planejei, idealizei”. Isso soa bem mais justo, não acham?

Porque vocês são seres dotados de uma imaginação estupenda, tão estupenda que planejam até mesmo a vida, os dias, os encontros ao longo do caminho e os desencontros também. Vemos vocês montarem em vossas mentes o esboço de uma discussão, de uma conversa, de um determinado evento. E achamos isso interessante. Como são ansiosos!

E perguntamos: Isso é divertido? Certamente vocês responderiam que “não”. Não pode ser divertido um fluir onde se tenta planejar cada passo. E a tensão em cima dos fatos, para que os mesmos não saiam do roteiro é forte. Sabemos que é, porque sentimos vocês se sentirem tensos. Não sentimos a tensão que vocês sentem, mas sentimos vocês quando sentem a tensão. E conhecemos bem como isso é porque as experiências que vocês vivem nos beneficiam. Cada experiência que atravessam gera uma contribuição vibratória e desfrutamos de cada uma delas, pois isso nos expande. Agora, no tocante a serem tão tensos e controladores, dizemos que seriam ótimos diretores de filmes. Neste caso, tal comportamento se aplicaria satisfatoriamente. Entretanto, na vida, no fluir da vida, isso não se encaixa harmonicamente.

Porque sempre se trata de vocês querendo conduzir o fluxo, mas o fluxo "é" em si mesmo e flui livremente em si mesmo. Não pode ser manipulado. Por isso esse é sempre um jogo insatisfatório para vocês, porque parece que a vida não os 'escuta'. Gritam para que ela vá pela direita, pois esse caminho vos parece melhor. Porém, ela segue pela esquerda e isso vos frustra terrivelmente. E o que vos faz sofrer no final das contas não é o fato de o fluxo ter seguido pela esquerda e sim, o fato dele não ter ido pela direita. Vocês sofrem muito mais pelo que não aconteceu do que pelo que está acontecendo.

Porque o que está acontecendo normalmente é uma surpresa, não foi algo que planejaram. Já o que não aconteceu está sempre cheio das muitas expectativas, anseios, idealizações. E ao tentarem controlar os eventos da vida, se machucam quando se deparam com a realidade que não seguiu conforme o script. Contudo, imersos em teimosia, costumam dizer a si mesmos: Dessa vez vai ser diferente! E não dizem isso de uma posição humilde de “Vou aprender a ir com o fluxo”, não, costumeiramente não é assim.

Vocês costumam dizer isso na revolta, na não aceitação e prometem a si mesmos (inconscientemente) que na próxima vez tentarão segurar a vida com mais força. E é isso o que sugerimos que não façam. Porque é justamente essa atitude que vos machuca.

O tempo que têm para fluírem com o todo usam-no resistindo-o, forçando numa direção desejada pelo ego, conforme as expectativas que ele nutre acerca das coisas. Agora, é ruim que sejam seres carregados de expectativas? Não, mas pode ser doloroso esperar que as tais sejam correspondidas.

Não pedimos para não gerarem expectativas, orientamos que não esperem que elas sejam correspondidas. Se souberem nutri-las com desprendimento, se souberem senti-las sem obrigatoriamente esperar que aconteçam conforme anseiam, não sofrerão. Todavia, sabemos que isso é uma tarefa delicada. Então, nossa sugestão é: Soltem, larguem, abandonem. Porque entre nutrir um sonho e ser vítima de suas expectativas e soltá-lo, deixando-o um pouco "pra lá", escolhemos a segunda opção.

Amigos da Terra, nada dá errado. Sugerimos que mudem vossa visão quanto a isso. Assim como iniciamos a mensagem já trazendo o entendimento da pergunta levantada, desejamos que compreendam o sentido do que desejamos vos transferir neste dia. Quando nascem vossa respiração é ofegante acompanhada de um choro, de uma emoção marcante. Vocês iniciam a vida na Terra já de uma forma bem eufórica. Mas partem em muitos casos, na grande maioria, diríamos, desanimados. E tudo isso parte, novamente, de vossas expectativas ou mesmo de vosso medo. Expectativas no sentido de frustração por não terem vivido conforme todas elas. E medo porque não sabem o que os aguarda assim que fecharem os olhos e partirem. E por sentirem medo não se permitem fluir no novo que vem vindo. Então, chegamos ao ponto chave do assunto levantado.

Chegaram à Terra com muita empolgação porque sabiam como era a vida aqui, foram preparados para ela. Mas costumam sair desmotivados e temerosos porque não conhecem a vida do outro lado, se esqueceram de como ela é. Percebem aqui o perfil controlador que citamos há pouco se manifestando de novo?

Não se permitem (na maioria dos casos) sentir alegria plena e regozijo pelo que vem após a morte do corpo físico porque não conhecem o porvir, pois vocês não têm em mãos no momento do desencarne o mapa com o "plano de morte". Tinham um com o "plano de vida", antes de imergirem na matéria. E por saberem o que os esperavam, entregaram-se ao êxtase da experiência vindoura. Mas ao abandonarem a matéria, o medo do desconhecido vos trava de sentirem a alegria, que mesmo negada, bate à porta sempre querendo entrar e fazer parte da experiência.

A alegria sempre bate à porta, é o vosso medo que não a deixa entrar. Isso em todos os casos. Porque o medo de que o dinheiro acabe não deixa a porta se abrir para ela. O medo de serem abandonados não deixa também. O medo de não dar certo boicota a alegria. O medo de não conseguirem alcançar os objetivos mantém a porta fechada para a alegria. Porque se colocam a postos, tensos, como sentinelas a vigiar um castelo, caso alguém ou algo venha querer roubar vossa alegria de viver. E com isso se fecham justamente para a alegria de viver, pois não percebem que é pondo-se tensos e temerosos, sempre se defendendo do que não conhecem ou não podem controlar agora que se afastam do bem que tanto querem viver.

A vida que vocês mais evitam é a que vos dará maiores alegrias. E tudo seria diferente se vivessem a vida pela alegria de vivê-la e não para tentar fazer dela um desdobrar daquilo que acham ser o melhor. E por não saberem o que virá adiante em cada experiência que muda repentinamente, seguram o bem-estar, preparando-se para um possível “pior”. Só que esse “possível pior” é sempre o melhor vos chamando a novos caminhos. Aceitem e serão felizes. Resistam e sofrerão.

A verdade é que a vida nunca vos pedirá licença para mudar, porque vocês todos são parte dela e não ela de vocês. Mas tenham em mente algo que gostaríamos muito que jamais saísse de foco: Seja qual for a mudança e pra onde ela apontar, mesmo que não compreendam e não saibam os motivos pelos quais essa conversão de rota ocorreu, a vida sempre vos leva para o melhor, porque ela vos aprecia, vos ama incondicionalmente e todo empenho dela em vocês e por vocês é sempre para que consigam se acertar comigo mesmos. Pois ao se acertarem com quem são encontram tudo o que procuram nas expectativas e idealizações que sempre vos lançam em frustrações. Encontram a plenitude em vocês. E a vida não está vos levando para um destino “X” ou “Y”, ela apenas vos leva para si mesmos através das experiências. Tarefa essa que vocês poderiam fazer por vossa conta, porém passam tempo demais querendo programar uma vida que não é para ser programa e sim, vivida, desfrutada, aceita, abraçada.

Queridos, larguem o esforço de controlar e vivam mais. Seria a nossa sugestão. Se querem gerenciar algo, então gerenciem aquilo que sentem, que pensam, que nutrem, que acreditam, pois é sempre em cima de tudo isso que cada movimento da vida é orquestrado. A vida sempre age conforme a necessidade que vocês apresentam a ela e não conforme o vosso querer. Mas se forem inteligentes e assertivos para transformarem o vosso “necessitar” numa vibração que seja semelhante ao “querer”, terão acertado na loteria da vida. Porque a vida encontrará em vocês uma energia que seria lida assim: Haja o que houver, eu vou fluir no Bem que se apresenta a mim. A vida sempre me leva para o meu melhor e meu trabalho é viver e não programar a vida. Viver e não programar ou tentar comandar para que tudo saia do meu jeito.

Meu trabalho é viver e desfrutar de cada instante, aprender com cada um deles e fazer de todos os momentos oportunidades de me conectar comigo mesmo. Meu trabalho é viver a vida e não programá-la. Se eu a vivo bem, posso estar certo de que ela própria me levará aos melhores eventos. Muitos não serão como eu imaginei, mas confio que serão melhores, porque do jeito da vida é sempre melhor.

Se eu tento fazer com que a vida realize meus sonhos, ela me levará a entender que minha tarefa consiste em levar a mim mesmo na vibração de realização dos sonhos. E se estou nisso então o resto é por conta da viagem, é obra natural da expressão de todo melhor que encontro em mim e no mundo em que eu vivo.

A vida é sempre uma expressão do que eu vivo em mim e do quanto eu me permito viver.

Amados da Terra, que vossa atenção esteja voltada a viver a vida, pois quando a vivem plenamente, ela plenamente se desdobra a vocês vos surpreendendo com as manifestações lindas que jamais encontrariam se estivessem tentando programá-la. O Universo já programou e vos mandou dizer que é sempre o melhor que flui, então, permitam, apreciem a viagem, confiem, descansem, sejam feliZeus!

Elohim através de Vinícius Francis.

Fonte: OS FILHOS DE ALVA