CHEGUE NA PAZ

5 de out. de 2015


O reverendo Martin Luther King disse certa vez que aprendemos a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas não aprendemos ainda a viver como irmãos. Acredito que é chegada a hora de aprender a conviver fraternalmente se quisermos sobreviver como espécie humana. Vivemos num planeta cuja natureza nos demonstra que a cooperação e a interdependência tecem a frágil e intrincada teia da vida. Tu...do o que fira essa lei planetária ameaça o equilíbrio das forças naturais, e ameaça todas as criaturas da Mãe Terra. Vivemos uma época de muitas informações e pouca sabedoria.

Deparamos-nos com informações o tempo todo, é uma carga massiva a tal ponto que chega a comprometer nossa capacidade de filtrar, refletir e tirar conclusões. A internet, mudou o mundo, é um fórum democrático 
de conhecimento. Acredito que tudo o que já foi escrito sobre um determinado tema pode ser encontrado na tela de um computador, e está a nossa disposição gratuitamente. Isso é ótimo, o problema é como selecionar e discernir o que é importante do que é dispensável, o falso do verdadeiro, o relativo do específico, o publico do privado. É difícil encontrar sabedoria numa época em que se pensa superficialmente e de maneira fragmentada. Tudo indica que estamos num ponto critico no desenvolvimento intelectual e espiritual da nossa civilização.

Diante da complexidade do mundo atual estamos sendo forçados a investir também no hemisfério direito do cérebro, para aprendermos a ver as coisas de forma integrada e integral, mais criativa e sensível, menos tendenciosa e mecanicista. Para mudar o status quo pela raiz, nossas crianças precisam de uma educação que contemple os níveis material, emocional, intelectual e espiritual do potencial humano. Uma educação que ensine a integrar a sensibilidade, a beleza, a ética, a retidão de caráter, e a responsabilidade social em todos os ramos de atividade. Educar para poder transcender limitações e alcançar dimensões que nos ligam ao cosmos, a essência da vida. Uma educação que vá além da mediocridade, da transmissão programada e repetitiva do conhecimento, e dos condicionamentos obsoletos, e preconceitos de gênero, raça, e religião. Que seja uma proposta de revolução individual e social. Para mim, o ponto de partida é a vivência dos valores humanos. Porque assim as transformações acontecem de dentro pra fora, nas crianças, nos pais e nos professores.

Consequentemente na sociedade. É importante salientar que valores humanos não é uma disciplina a mais a ser transmitida, porém uma pratica consciente, que leva ao autoconhecimento. A ética posta em pratica então, se alimenta de amor, e amar é um exercício diário que permite a descoberta de que separatividade, e impossibilidade, não passam de condicionamentos criados pela mente. Os valores humanos direcionam nossos pensamentos e escolhas, e vive-los permite que a alma se manifeste livremente. Essa é a forma ideal de aprender a ser o que verdadeiramente somos; essências divinas experimentando na condição humana, a maravilhosa aventura de viver. Educar em valores humanos é uma convocação para que pais e professores sejam uma contribuição fecunda e generosa, para demonstrar que é possível o diálogo com aparentes antagonismos como: política e ética, economia de escassez e criação de abundância, poder e respeito. Eu sei porque sinto, que isso é possível. Convido você para ousar acreditar também.

Marilu Martinelli
TEMPLO DO SOL
www.comandoestrelinha.ning.com