Nos caminhos por onde andei,
o medo reinava,
mas a confiança na providência
divina me fazia prosseguir.
Nos caminhos por onde andei,
gritos ecoavam a todo instante,
mas a serenidade interna me protegia.
Nos caminhos por onde andei,
o sofrimento era visível,
mas a misericórdia divina
sempre se fazia presente na hora certa.
Nos caminhos por onde andei,
vi muitas lágrimas,
mas presenciei inúmeros
missionários levando consolo.
Nos caminhos por onde andei,
o desespero reinava,
mas o amparo nunca tardava.
Nos caminhos por onde andei,
as feridas ainda doíam,
mas quando a prece
era sincera, a luz trazia a cura.
Nos caminhos por onde andei,
o perdão havia sido esquecido,
mas quando semeado,
crescia forte e libertava
a todos da prisão.
a todos da prisão.
Nos caminhos por onde andei,
a amizade não existia,
mas mesmo assim,
a fraternidade sempre surpreendia.
Nos caminhos por onde andei,
a escuridão era forte,
mas a claridade
chegava em caravanas.
chegava em caravanas.
Nos caminhos por onde andei,
o tempo parecia ter parado,
mas a evolução espiritual
continuava, mesmo que lentamente.
Nos caminhos por onde andei,
não havia flores,
mas pequenos gestos de caridade,
enfeitavam e perfumavam o ambiente.
Nos caminhos por onde andei,
as intrigas eram constantes,
mas a esperança mostrava
que era possível vencer
qualquer adversidade.
qualquer adversidade.
Nos caminhos por onde andei,
os espinhos machucavam o corpo,
mas o esforço no bem,
a tudo cicatrizava.
a tudo cicatrizava.
Nos caminhos por onde andei,
não havia sol,
mas a tempestade se ia
quando o amor começava a brotar.
Nos caminhos por onde andei,
os fantasmas eram vários,
mas com perseverança, eles eram vencidos.
Nos caminhos por onde andei,
o chão faltava em muitos momentos,
mas quando a sinceridade surgia
no coração, mãos
se estendiam para ajudar.
se estendiam para ajudar.
Nos caminhos por onde andei,
a dúvida era constante,
mas com paciência e trabalho
a resposta vinha.
a resposta vinha.
Nos caminhos por onde andei,
a alegria não era conhecida,
mas com humildade
ela era apresentada.
ela era apresentada.
Nos caminhos por onde andei,
a loucura parecia sem fim,
mas com afeto, a serenidade voltava.
Nos caminhos por onde andei,
o desamparo era total,
mas quando a fé se fazia verdadeira,
a percepção do Pai
a nos amparar se fazia notar.
a nos amparar se fazia notar.
Sim, o Pai jamais nos desampara.
Não importa os caminhos trilhados.
Se sejam caminhos de dor ou de alegria.
De resgate ou de compensação.
Todos os caminhos nos levam a Deus.
E em cada passo dado, o Pai
sempre estará ao nosso lado.
sempre estará ao nosso lado.
Seja entre as trevas ou entre o céu.
Jamais estaremos desamparados.
Basta termos fé...
livro: "E a vida se renova"
de Sônia Carvalho