26 de mai. de 2014
Às vezes fico a pensar sobre a necessidade das pessoas de buscar estímulos externos para a sua própria alegria. Essa alegria que é produzida por estímulos externos é uma euforia tão passageira quanto a produzida por estimulantes químicos ou anfetamínicos. Eles excitam áreas específicas do cérebro, aumentam a liberação de dopamina, serotonina e noradrenalinda que se acumulam em excesso na fenda sináptica, isto é, na conexão dos neurônios.
Esse acúmulo se gasta tão rápido que não dá tempo de repor as quantidades de neurotransmissores e a pessoa entra em carência de neurotransmissores. Isso acontece em Dependentes Químicos e Dependentes Não Químicos, isto é, dependentes de jogos, internet, festas, sexo, emoções fortes, etc.
Isso gera uma excitação dos sentidos. Essa excitação se esgota e precede uma depressão reativa que de uma certa forma, "obriga" o ex-eufórico a uma nova dose do elemento excitador da região do prazer. E vira um ciclo vicioso, isto é, uma situação de cachorro correndo atrás da própria cauda.
O dependente químico é muito parecido com o dependente de situações euforizantes. E ainda é interessante recordar que muitas vezes estas situações estão combinadas.