INOCÊNCIA
NUA
O vento
gelado,
da esquina, espia
o menino de rua
encolhido na calçada,
coberto apenas pela lua.
da esquina, espia
o menino de rua
encolhido na calçada,
coberto apenas pela lua.
Com
olhos de cobiça,
sorrateiro se aproxima,
e, sem dó, sem piedade,
atira-se sobre a inocência
quase nua.
sorrateiro se aproxima,
e, sem dó, sem piedade,
atira-se sobre a inocência
quase nua.
A pele
arrepia
mas os olhos cansados
continuam cerrados
sonhando, quem sabe
com um prato de comida,
um carinho
uma guarida.
mas os olhos cansados
continuam cerrados
sonhando, quem sabe
com um prato de comida,
um carinho
uma guarida.
Assim, encolhida,
mais parece
um cãozinho vira-lata,
sem dono,
ao abandono
de sua triste vida!
mais parece
um cãozinho vira-lata,
sem dono,
ao abandono
de sua triste vida!
- Vyrena -