CHEGUE NA PAZ

5 de ago. de 2013


Eis uma fórmula de se viver em paz; 
concordar em discordar sem brigar.
Quando concordarmos em que as 
pessoas discordem de nós, 
e aceitamos ouvir com naturalidade 
os motivos que as levam a não 
estarem de acordo conosco, 
é bem possível que aprendamos 
muita coisa. 

Podemos também ensinar, 
pois quando duas pessoas se 
dispõem a conversar, 
falando e ouvindo, 
com isenção de ânimo, 
naturalmente, 
dessa troca de opiniões e 
experiências, 
muita luz se fará para ambas 
as partes.

Convenhamos que não damos 
um passo à frente, 
quando nos fixamos num ponto 
e ali permanecemos obstinados, 
não admitindo que possamos 
estar errados.

Da troca de ideias com outros, 
poderíamos reformular nossos 
pontos de vista, 
ou reafirmá-los na convicção 
de que estamos certos.
Não cristalizemos nossos 
conhecimentos!

Através do diálogo amigo, 
racional, 
educado e sem pretensão, 
melhoraríamos nossa visão da 
vida e das coisas, 
e também ajudaríamos a enriquecer 
o patrimônio de outrem.

Aquele que se fecha e não admite o 
diálogo de pontos de vista, 
revidando ofensivamente qualquer 
aproximação, 
qualquer discordância relativa 
a seu modo de pensar, 
ainda não se capacitou de que 
ninguém evolui sozinho; 
não compreendeu a própria observação 
consciente dos desequilíbrios, 
que nos leva ao esforço retificador e 
promove o reequilíbrio. 

Portanto, 
sejamos compreensivos e não 
esperemos que batam palmas a 
tudo o que fizermos ou dissermos. 
Aceitemos como amigos os que 
discordarem de nós, 
amigos que nos vêm oferecer 
algo muito valioso — a oportunidade 
de entendermos que todos 
têm sua maneira particular de ser 
e cada pessoa é a mensagem de sua vida, 
e que tudo é válido, 
entre acertos e desacertos, 
no concerto de valores.

Procuremos ser simples, 
humildes, 
autênticos e deixemos que 
os outros também ajam 
da mesma forma, 
dizendo o que pensam das nossas 
palavras e dos nossos atos.

Não mudaremos o nosso modo de ser, 
não trocaremos nossa personalidade; 
mas poderemos aprimorar 
o que somos e o que sabemos, 
se concordarmos em discordar 
sem brigar.

TEXTO DE: Cenyra Pinto