Os contextos exteriores nos quais você vive apenas o ajudam a entrar em contato com esse sentimento, já existente em sua intimidade; quer dizer, eles interpretam sua essencialidade divina.
Confie em sua sabedoria interior; só você pode decidir o que é certo para si mesmo.
O homem criou a linguagem para poder comunicar-se com os outros adequadamente. Descobriu que algumas expressões lhe permitiam pensar e agir com maior precisão e organizar melhor suas emoções. Planejou palavras que o ajudassem intelectualmente a cumprir certas funções e a administrar seu meio ambiente. De início estereotipou na palavra felicidade o conjunto de satisfações dos sentidos, por acreditar apenas na existência do mundo das impressões exteriores em que se movimentava. Começou a agir como se todas as pessoas tivessem essa mesma visão estática e avaliassem a felicidade por esse mesmo estreito prisma. É verdade que a maioria dos seres pensa de modo semelhante acerca da palavra felicidade. Usam-na constantemente para denominar um estado de completo bem-estar, contentamento e satisfação. No entanto, apesar de designação comum, ela se apresenta sob os mais variados aspectos, maneiras, situações, fatos e pessoas.
Muitos acreditam que, satisfazendo suas carências afetivas, profissionais ou sexuais, tornar-se-ão plenamente felizes. Alegria não é o resultado de tudo aquilo que possuímos ou desejamos. Felicidade ou infelicidade não resultam das circunstâncias, mas dependem de sua força de vontade e determinação. Se você aceitar isso como verdade, assumindo a responsabilidade pela sua própria felicidade, libertar-se-á da exigência dos requisitos da sociedade superficial e da falsa importância que o mundo externo lhe impõe. A partir daí, poderá encontrá-la com mais clareza e discernimento. Quanto mais crer em sua “voz do coração”, tanto mais nitidamente ele falará com você. Olhando para dentro de si mesmo e analisando sua essência divina, que nunca falha nem se altera, você encontrará realmente a verdadeira alegria de viver.
As criaturas de consciência desperta compartilham e repartem seu contentamento. Aprenderam a amar os outros, porque amam a si mesmas. Desfrutam o tempo de forma singular: seus gestos de benevolência se estendem tanto a seus semelhantes como a si próprias. As violetas, desde os tempos mais antigos, foram celebrizadas nas poesias, fábulas e narrativas. Shakespeare sempre as citava com admiração. São muito estimadas por seu aroma delicado. Fazendo alusão às violetas e à sua fragrância, poderíamos dizer, em sinonímia quase perfeita, que a felicidade é o perfume de Deus.
(Lourdes Catherine)