CHEGUE NA PAZ

18 de abr. de 2012

Pense em alguém que seja poderoso...

Essa pessoa briga e grita como uma galinha,

ou olha e silencia, como um lobo?

Lobos não gritam. Eles têm a aura de força e poder.

Observam em silêncio. Somente os poderosos, sejam lobos,

homens ou mulheres, respondem a um ataque verbal com o silêncio.

Além disso, quem evita dizer tudo o que tem vontade, raramente

se arrepende por magoar alguém com palavras ásperas e impensadas. Exatamente por isso, o primeiro e mais óbvio sinal de poder sobre si

mesmo é o silêncio em momentos críticos.

Se você está em silêncio, olhando para o problema, mostra que

está pensando, sem tempo para debates fúteis. Se for uma discussão

que já deixou o terreno da razão, quem silencia mostra que já venceu,

mesmo quando o outro lado insiste em gritar a sua derrota.

Olhe. Sorria. Silencie. Vá em frente. Lembre-se de que há momentos

de falar e há momentos de silenciar. Escolha qual desses momentos

é o correto, mesmo que tenha que se esforçar para isso.

Por alguma razão, provavelmente cultural, somos treinados para a

(falsa) idéia de que somos obrigados a responder a todas as perguntas

e reagir a todos os ataques.

Não é verdade! Você responde somente ao que quer responder e

reage somente ao que quer reagir. Você nem mesmo é obrigado a

atender seu telefone pessoal.

Falar é uma escolha, não uma exigência, por mais que assim o pareça.

Você pode escolher o silêncio. Além disso, você não terá que se arrepender

por coisas ditas em momentos impensados, como defendeu Xenocrates,

mais de trezentos anos antes de Cristo, ao afirmar: “ME ARREPENDO

DE COISAS QUE DISSE, MAS JAMAIS DO MEU SILÊNCIO".

Responda com o silêncio, quando for necessário.

Use sorrisos, não sorrisos sarcásticos, mas reais. Use o olhar,

use um abraço ou use qualquer outra coisa para não responder

em alguns momentos.

Você verá que o silêncio pode ser a mais poderosa das respostas.

E, no momento certo, a mais compreensiva e real delas.