Existem os afazeres do tempo e existem as melodias da alma.
Importantes são os afazeres do tempo; essenciais, as melodias celestiais...
Breve, incerta e fugaz é esta existência terrena.
Quão curta a distância entre a menina e a anciã...
As aulas de balé, o sol da manhã, e as notícias do jornal.
Tudo passa, tudo passará...
Cadernos de Política, Economia, Esportes, Cotidiano, Turismo e Cultura.
E a Espiritualidade, onde é que fica?
O barulho do mundo e as melodias da alma...
A eterna busca por sentido, num mundo cada vez mais veloz e fragmentado.
“Qual a razão de ser e de sentir?”, perguntou-nos outrora um poeta.
Educar as próximas gerações de modo que valorizem os bens imateriais, e que possam almejar alcançar alturas espirituais.
Que saibam o valor do Amor, da Bondade, da Caridade, e da Compaixão.
Que cultivem um coração solidário, a contribuir para humanizar o mundo à sua volta.
“Só adquirirás a felicidade em proporção a tua generosidade.”
Meditar sobre as virtudes do silêncio e das palavras bem empregadas.
Refletir sobre a felicidade, filha da generosidade. A partilha e a doação de bens e dons, materiais e espirituais.
Grãos de areia, nas praias da existência, é o que somos. A espuma branca e fina, que diante da leve brisa desmanchará.
E vamos vivendo as nossas vidas, dançando ao som do destino, durante o tempo que nos é destinado.
Somos feitos de pensamentos, atos e palavras.
A vida para ser plena envolve busca, sabedoria e escuta. Sem ouvidos atentos às melodias da alma, de que terão servido os dias vividos?
“Procura a tua própria verdade e, se crês tê-la encontrado, obedece-lhe.”
(José Saramago)
“A felicidade consiste em dar passos em direção a si mesmo e olhar o que você é.”
(José Saramago)