CHEGUE NA PAZ

14 de set. de 2011

Violência - Poesia

Urgente...

Chora o brasileiro, canta triste a canção.
Da travessia da morte
Na noite a escuridão.

Não se vê luz nas estrelas,
Só o brilho do fuzil
Da arma curta nas mãos
Empunhadas por homens, meninos;
Frágeis e encurralados;
Uniformizados e encapuzados;

Civis inocentes;
Paulista, o coração vermelho, preto e branco.
Bate, bate, bate forte.
Arroto de medo, tremor, agonia.
Da espera, do tiro da partida.

Morre mais um cidadão.
São Paulo, São Paulo, São Paulo.
Irmandade da Nação.
Na agonia das sirenes
Sofre inerte a população.

Homens, assassinos ou não.
Misturam-se na orgia do êxtase,
Do sofrer, do último instante humano:

Morrer.

Nelci Zoqui