Olhando a vida se esvair ele desejou viver
mais do que era possível... muito além do seu poder.
A doce menina lhe mostrou quão nula é a imortalidade:
"De que me adianta ter asas se não posso sentir o vento no meu rosto?"
Entretanto, alguém lhe diz:
"Sempre haverá uma primavera e o rio volta ao seu curso quando as geleiras derretem."
...então nós podemos tudo graças à grande dádiva do Universo: O livre arbítrio!
O amor começa a sua luta...
precisa unir dois corações, para que a união se realize...
é preciso ferir, sangrar...
deixar correr a seiva da vida que ele não tinha em suas veias...
Enquanto o mundo leiloa a alma pela imortalidade
um, apenas um enuncia convicto:
"- Eu desistiria da eternidade para tocá-la...
Ela é o mais perto que eu posso chegar do céu."
Amor!.. Amor!... Amor!...
Quem ousa não crer?
Quem ousaria dizer que ele não existe?
E o anjo se faz homem...
alegra-se nas tristezas do homem; realiza-se em suas frustrações
na violência que permeia o mundo apenas para ser amado.
O seu amor foi eterno por um dia
mas para sempre imortal dada a intensidade com que existiu.
Ao vê-la partir, sem poder impedir restou apenas a certeza:
"Eu prefiro tê-la tocado uma vez ter sentido seu cabelo uma vez
tê-la beijado uma vez... do que uma eternidade sem isso."
Assim é o amor!
No mundo dos homens...
ou na Cidade Dos Anjos...
da Ciranda dos Poetas