CHEGUE NA PAZ

3 de jul. de 2011

Escolhas de uma vida

A certa altura do filme Crimes e Pecados, o personagem interpretado por Woody Allen diz: “Nós somos a soma das nossas decisões.” Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta e de lá nunca mais saiu.

Compartilho do ceticismo de Allen: a gente é o que a gente escolhe ser, o destino pouco tem a ver com isso.

Desde pequenos aprendemos que, ao fazer uma opção, estamos descartando outra, e de opção em opção vamos tecendo essa teia que se convencionou chamar “minha vida”.

Não é tarefa fácil...

No momento em que se escolhe ser médico, se está abrindo mão de ser piloto de avião.

Ao optar pela vida de atriz, será quase impossível conciliar com a arquitetura...

No amor, a mesma coisa: namora-se um, outro, e mais outro, num excitante vaivém de romances. Até que chega um momento em que é preciso escolher entre passar o resto da vida sem compromisso formal com alguém, apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora quando se findam, ou manter um relacionamento com direito à casa própria, orçamento domésticos e responsabilidades...

As duas opões têm seus prós e contras: Viver sem laços... e viver com laços.

Escolha: beber até cair ou virar vegetariano e budista?

Todas as alternativas são válidas, mas há um preço a pagar por elas.

Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses: ser casados de segunda à sexta e solteiros nos finais de semana. Ter filhos quando se está bem disposto e não tê-los quando se está cansado.

Por isso é tão importante o auto conhecimento...

Por isso é necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos, prestar atenção ao que acontece em volta e não cultivar preconceitos.

Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas tem que refletir o que a gente é. Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de caminho: Ninguém é o mesmo para sempre. Mas que essas mudanças de rota venham para acrescentar, e não para anular a vivência do caminho anteriormente percorrido.

A estrada é longa e o tempo é curto.

Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.

Lembre-se: suas escolhas têm 50% de chance de darem certo, mas também 50% de chance de darem errado, portanto...

A escolha é sua!... Arrisque!... Vale a pena...!

Pedro Bial