O suor da paciência
Encontra a luz por remate
Não há provocação difícil
O medo é que nos abate.
Conserva-te nobre e simples
Para que o bem não se torça
Muita vez, a ingenuidade
É grande sinal de força.
Venceste? Trabalha sempre
Sem detenção no passado
O herói que vive da fama
É um vivo morto enfeitado.
No que tange a confidências
Fala a Deus em tua prece
Quem melhor guarda um segredo
É aquele que o desconhece.
Cultiva a reta intenção
Em tua própria defesa
Mesmo vitima do engano
Sinceridade é grandeza.
Onde tens o coração
Reténs o próprio tesouro
O dinheiro que escraviza
É dura algema de ouro.
Compra, guarda e ajunta livros
Mas estuda, dia a dia
Mostrar a biblioteca
Não mostra sabedoria.
Perdoa e ajuda amparando
Como as terras generosas
Que dão, em troco de estrume
Pão e bênção, vida e rosas.
Casimiro Cunha